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Trabalhar com “sossego e paz” é o pedido dos motoristas do serviço de transporte do concelho de Viseu. Desde que a empresa anunciou que a partir de dia 1 de março o serviço de Mobilidade Urbana de Viseu (MUV) vai parar, os motoristas temem pelo futuro.
“O que queremos é a garantia que os nossos postos de trabalho estão assegurados, porque há muitas famílias que dependem dos nossos salários”, começou por dizer aos jornalistas, José Martins.
Motorista há 20 anos, José Martins lamenta que sejam estes trabalhadores a ouvir as queixas dos passageiros, quando o problema é entre a autarquia e empresa.
“Andamos no terreno e somos nós que ouvimos os utentes e às vezes não temos respostas para dar e andamos neste impasse e nervosos, muito nervosos. Porque os utentes também se viram contra nós, mas nós só desempenhamos o nosso trabalho, mas eles veem-nos como parte da empresa e também somos culpados, é complicado”, disse.
José Martins lembrou ainda que estes problemas não são novos e temem que continuem a repetir-se, mesmo que seja encontrada uma solução.
“Isto já aconteceu há 3 meses, agora volta a acontecer e não sabemos se futuramente vai repetir-se e chegamos a um ponto em que ficamos saturados disto tudo e é triste. Já aconteceu termos salários em atraso, chegamos a um ponto que já começamos a duvidar de tudo e de todos”, disse.
Segundo o motorista, a esperança é que seja encontrada uma solução, para que possam trabalhar sem “sobressaltos”. “Nós queríamos paz, sossego, trabalhar com paz, era isso, simplesmente”, finalizou.
Sindicato pede que trabalhadores não sejam penalizados
O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) pediu esta quinta-feira (27 de fevereiro) que os trabalhadores não sejam penalizados num impasse “que é entre a operadora e a Câmara Municipal”.
O STRUP reuniu esta manhã com o município e em declarações aos jornalistas explicou que foi dada a garantia que “os postos de trabalho dos trabalhadores está assegurado e que os serviços vão ser assegurados às populações”.
“Foi-nos dada essa garantia que, com ou sem Berrelhas, os serviços vão continuar”, disse Hélder Borges, da direção do STRUP.
O sindicalista lamentou ainda que, nestas situações, “nunca são salvaguardados os direitos dos trabalhadores e dos utentes, só se fala aqui em questões financeiras e questões políticas”, disse.