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Pacheco Pereira diz que Centro Interpretativo do Estado Novo não é ter “saudades da ditadura”

Câmara Municipal de Santa Comba Dão e a Associação Cultural Ephemera, presidida por Pacheco Pereira, assinaram protocolo para avançar com centro interpretativo

Micaela Costa
 Pacheco Pereira diz que Centro Interpretativo do Estado Novo não é ter “saudades da ditadura”
28.02.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Pacheco Pereira diz que Centro Interpretativo do Estado Novo não é ter “saudades da ditadura”
01.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Pacheco Pereira diz que Centro Interpretativo do Estado Novo não é ter “saudades da ditadura”

José Pacheco Pereira disse esta sexta-feira (28 de fevereiro) que o Centro Interpretativo do Estado Novo, em Santa Comba Dão, não significa ter “saudades da ditadura”.

O presidente da Associação Cultural Ephemera assinou hoje o protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Santa Comba Dão para que se concretize o Centro Interpretativo do Estado Novo na Escola Cantina Salazar, no Vimieiro, terra onde nasceu António Oliveira Salazar.

Sobre o desafio lançado pela autarquia, Pacheco Pereira contou que chegaram a dizer-lhe para “não se meter nisso”, mas que isso não o demoveu a envolver-se num projeto que “já várias vezes falhou” e que parece ter “sobre si uma “maldição’”.

“Admitimos que ainda pode ter sobre si o fantasma do saudosismo de Salazar. Nada temos a ver com esse fantasma e muito menos temos saudades da ditadura […] Mas a pretexto de um fantasma não podemos permitir outro, o de tornar a história do Estado Novo também num fantasma. Se uma maldição se mantiver também sobre o conhecimento histórico, fazemos mais mal à democracia do que o fantasma de Salazar”, defendeu.

Com um investimento que ronda, até agora, os 200 mil euros, o Centro Interpretativo está já em marcha e, até junho, deverá estar concluída a biblioteca especializada neste período da história.

À Ephemera caberá toda a parte documental, através de uma comissão científica “que definirá, com base nos materiais existentes, as linhas gerais do conteúdo e de funcionamento do projeto”, explicou o presidente.

Já a autarquia, adiantou Leonel Gouveia, “assegurará as responsabilidades logísticas, funcionais e de recursos do equipamento e participará nas diferentes fases que compreendem o plano de execução e de implementação de todo este projeto”.

Maria Inácia Rezola, Luís Reis Torgal, Irene Flunster Pimentel, Luísa Tiago Oliveira, Rui Feijó e Marçal Grilo são alguns dos nomes que fazem parte da comissão científica, liderada por José Pacheco Pereira, enquanto presidente da Associação Cultural Ephemera.

Esta comissão “ainda não está fechada”. “Depois de hoje, espero que haja ainda mais gente que se disponibilize. Mal esteja fechada divulgaremos todos os nomes, mas serão pessoas com sólidos pergaminhos”, afirmou Pacheco Pereira.

O responsável aproveitou ainda para apelar aos cidadãos para enviarem, através da Ephemera, “todo o tipo de documentos”, papéis, panfletos, jornais, fotografias, manuscritos, objetos, “tudo é válido”.

Presidente da Câmara diz que centro interpretativo serve para que “a história não se repita”
Durante a cerimónia, o autarca de Santa Comba Dão sublinhou que este não é um Museu de Salazar, mas um local de “aprofundamento da cultura democrática”. Segundo Leonel Gouveia, o objetivo é “mostrando a todos, e especialmente aos mais novos, o regime que fomos e a resistência que lhe foi feita. Para que a história não se repita, nem se reinvente”.

“Finalmente, este projeto, que já teve tantas etiquetas e rótulos, encontra um caminho sem retorno. A autarquia encontrou na Associação Cultural Ephemera, na pessoa do Dr. José Pacheco Pereira, o parceiro ideal”, referiu o autarca.

Este Centro Interpretativo é, segundo Leonel Gouveia, um local que “dará a conhecer toda uma época e a sua contextualização, do regime e da resistência de 1926 a 1974” e que vai permitir “a investigação, preservação e divulgação da memória documental e patrimonial de 48 anos de ditadura”.

“Pretendemos deixar um legado à nossa geração e às gerações futuras. Queremos mostrar-lhes a voz que emana nas diferentes memórias da ditadura, educando para a democracia e para a liberdade. Não se fará nenhum espaço de glorificação, mas sim um espaço de conhecimento, tirando partido da história como bússola para orientar o nosso caminho futuro. Queremos associar este espaço a outros que existam e venham a existir no território, para reforçar o conhecimento deste período da nossa história coletiva”, frisou.

Leonel Gouveia reforçou ainda que neste espaço cabem muitas outras figuras da região e que são símbolo da resistência ao Estado Novo, como Aristides de Sousa Mendes, Tomás da Fonseca ou Flausino Torres.

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