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Nem a chuva evitou que os direitos das mulheres se ouvissem em Viseu

Da Santa Cristina ao Rossio, mulheres fazem “frente ao tempo mesmo na adversidade do tempo”

 Nem a chuva evitou que os direitos das mulheres se ouvissem em Viseu
08.03.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Nem a chuva evitou que os direitos das mulheres se ouvissem em Viseu
08.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Nem a chuva evitou que os direitos das mulheres se ouvissem em Viseu

“As mulheres continuam a cerrar fileiras nestes tempos difíceis em que os direitos adquiridos estão sujeitos a ataques”, é a mensagem que se ouve em Viseu neste Dia Internacional da Mulher.

O núcleo de Viseu do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a Plataforma Já Marchavas organizam este sábado (8 de março) manifestações no Dia da Mulher e nem a chuva evitou que os direitos das mesmas se fizessem ouvir por Viseu. 

O MDM promoveu a primeira manifestação às 14h00, com um desfile que começou na Santa Cristina e terminou no Rossio. A iniciativa incluiu uma concentração no final para um momento cultural e intervenções de apelo à paz ao de Capicua.

Durante a intervenção, Isabel Almeida, que organiza a iniciativa pelo Movimento Democrático de Mulheres, afirmou: “Fazemos frente ao tempo mesmo na adversidade do tempo”. 

“Assumimos a urgência da luta por uma política que concretize a igualdade e a emancipação, e apelamos a todas que, na sua diversidade de pensamento, ação e intervenção, se unam em torno da defesa dos direitos das mulheres, da sua integridade, da sua mobilização e participação em igualdade”, refere o MDM em comunicado.

A entidade destaca ainda a “memória histórica das mulheres na resistência antifascista, a luta libertadora e emancipadora das mulheres e a nossa solidariedade com todas as mulheres que, em Portugal e no mundo, lutam pelos seus direitos, pela soberania dos povos, contra as guerras e pela Paz”.

 Nem a chuva evitou que os direitos das mulheres se ouvissem em Viseu

No seu manifesto, o Movimento Democrático de Mulheres apela para combaterem “as desigualdades e discriminações com base no sexo, classe social, raça ou etnia, orientação sexual ou identidade de género” e defende “empregos de qualidade”, aumentos salariais, fim da precariedade laboral e o “combate à violência, objetificação e exploração do corpo das mulheres e raparigas”.

O movimento também apela à “denúncia das mentalidades sexistas, xenófobas, racistas e misóginas” e à “eliminação de preconceitos, estereótipos, estigmas, discriminações e desigualdades que germinam na sociedade”.

Já a Plataforma Já Marchavas organiza a sua própria manifestação feminista marcada para as 17h30, no Mercado 2 de Maio. A iniciativa tem como mote “Unidas somos um só corpo”, evocando os 50 anos da manifestação do Movimento de Libertação das Mulheres, um protesto que ocorreu a 13 de janeiro de 1975 no Parque Eduardo VII, em Lisboa. O protesto, realizado menos um ano depois do 25 de abril de 1974, foi na altura boicotado por um grupo de homens.

“O reconhecimento dos corpos da mulher, físico e político é necessário para a nossa libertação, identidade e legitimação enquanto seres humanos plenamente capazes e dotados de direitos sem distinção. Somos um só corpo unido e aqui e em qualquer lugar reunido”, refere o manifesto que a Já Marchavas publicou a propósito desta manifestação.

Além da ação de rua, o movimento também organiza amanhã uma conversa com a ativista palestiniana Shahd Wadi no Bar 4You (Largo Nossa Senhora da Conceição, na zona da Ribeira), a partir das 15h00. À noite, a partir das 22h00 e no mesmo espaço, atua a DJ Ramen Rave. A entrada é livre.

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