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Desde há exatamente um ano, logo no início da legislatura, o PS garantiu que votaria sempre contra uma eventual Moção de Confiança se o Governo a viesse a apresentar e contra qualquer Moção de Censura. O PS e Pedro Nuno Santos constituíram-se no seguro de vida de Luis Montenegro e do Governo. Nesse pressuposto, viabilizaram a eleição do Presidente da Assembleia da República, o Programa de Governo, o atual Orçamento de Estado e derrotaram duas moções de censura.
Pedro Nuno Santos nunca foi reconhecido pelo sentido de estado que revelou, nem pelo direito a governar que reconheceu a Luís Montenegro e à AD desde a noite das eleições. Pelo contrário, foi sendo criticado por aqueles a quem, em nome da estabilidade política e credibilidade do regime, dava a mão. E até, internamente, a vida não foi fácil, porque não faltaram vozes disponíveis para fazerem parte do problema que não da solução. Relembro, por exemplo, o texto que António Costa assinou com alguns dos seus em contraponto à abertura de Pedro Nuno Santos sobre o tema da “imigração”.
Aqui chegados, confesso a surpresa de ter sido o próprio Primeiro Ministro a criar uma crise que decorre exclusivamente de uma situação pessoal, empresarial, conhecida e do facto de já ter admitido, finalmente, na sua entrevista à TVI/CNN, que não a conseguira explicar cabalmente por erros próprios de comunicação. “Cada um tem o seu estilo”, salvaguardou.
Num contexto em que nenhum partido, da extrema direita à extrema esquerda, conseguiu de Luís Montenegro respostas concludentes para as dúvidas levantadas no espaço público por uma investigação jornalística, o PS sentiu-se na obrigação de propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que superasse essa dificuldade. O Primeiro Ministro não aceitou como bom este recurso parlamentar e respondeu com a ameaça de uma Moção de Confiança cujo debate decorre no momento em que escrevo.
O Chefe do Governo sabia, como recordei logo no início do texto, que o PS votaria sempre contra uma Moção de Confiança e que agora, à exceção da IL e da AD, todos os outros partidos fariam o mesmo. Por saber isso muito bem seguiu em frente com o objetivo de, deliberadamente, provocar a queda do seu Governo e, consequentemente, eleições legislativas.
As pessoas em geral e a comunicação social em particular não se confundiram e tributaram-lhe a responsabilidade desta crise. Na Assembleia da República o que estava a ser discutido era uma Moção de Confiança e não uma qualquer CPI, nem muito menos nenhum negócio político com recurso a estes dois instrumentos parlamentares.
Luís Montenegro destacou o Ministro dos Assuntos Parlamentares, o líder parlamentar do PSD e o líder parlamentar do CDS para “regatearem” o tempo de funcionamento da CPI em troca da retirada da Moção de Censura que inventou e com a qual queria coagir todo o parlamento. Transformou um problema pessoal num problema do Governo e contaminou o próprio PSD, a coligação e o regime.
No fundo e no fim, ao tentar evitar a CPI julgou que com eleições legislativas e uma alegada vitória veria referendada uma situação particular, empresarial e pessoal. Fez mal. Para além do mais, nas eleições clarificam-se ou escolhem-se políticas, não são um referendo que se substitua à Justiça dos tribunais. Sim, é ele que vai a votos e, por arrasto, o PSD e a coligação.
Tudo isto está mais do que compreendido e bem pode, em vão, dar entrevistas e colocar alguns dos seus ministros em todos os canais televisivos ao mesmo tempo com a ideia de eleger o PS como a “vítima” da confusão em que se envolveu e que, como disse, nasceu de um trabalho jornalístico e do empolamento criado pela escusa às perguntas de todos os jornalistas, nomeadamente quando fez a comunicação ao país na sua Residência Oficial tendo como “décor” todos os seus ministros.
Não me compete analisar e muito menos julgar a vida privada de ninguém que num determinado momento se disponibilizou para servir a República. Há sempre um antes e um depois na vida política. É mesmo desejável que todos os que generosamente aceitam o desafio de um percurso político tenham vida própria para poderem, com saber de experiência feito, sem constrangimentos, decidir em consciência, com total liberdade.
Não o faço também com Luís Montenegro que tive o gosto de conhecer na Assembleia da República e com ele partilhei vários anos de vida parlamentar. Foi especialmente importante para o PSD como líder da bancada durante o Governo de Passos Coelho. Reconhecendo a sua experiência política é com surpresa que constato não ter feito uso dela. Pelo contrário, foi a falta de perspicácia política que conduziu Luís Montenegro a uma oportunidade perdida.
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