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Ativistas de Viseu criam movimento anti-racismo

Grupo Unitário de Intervenção Anti-Racista e pelos Direitos Humanos junta ativistas das associações Olho Vivo, Círculo de Cultura Cigana e SOS Racismo

 Ativistas de Viseu criam movimento anti-racismo
17.03.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Ativistas de Viseu criam movimento anti-racismo
17.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Ativistas de Viseu criam movimento anti-racismo

Ativistas de Viseu anunciaram esta segunda-feira (17 de março) a criação do Grupo Unitário de Intervenção Anti-Racista e pelos Direitos Humanos (GUIAR). O novo movimento junta ativistas da associação Olho Vivo e do seu Círculo de Cultura Cigana, bem como da SOS Racismo.

Segundo os ativistas, o objetivo do GUIAR vai ser “potenciar e coordenar a sua experiência pedagógica e ativista pelos direitos de cidadania para todos e todas, contra os preconceitos de racismo, xenofobia, anti-ciganismo e outras discriminações enunciadas no artigo 13.º (Princípio da Igualdade) da Constituição da República Portuguesa”.

“Nesse espírito, colocamo-nos à disposição de escolas e instituições para, de uma forma lúdica e didática, continuar a ajudar docentes, educadores, psicólogos e outros interessados a efetivar uma verdadeira educação inclusiva, multi e intercultural e universal”, referem os ativistas em comunicado.

O GUIAR mostra-se preocupado que, mais de 50 anos depois do 25 de Abril, prevaleça “a dificuldade da nossa sociedade em combater não só o racismo estrutural (e até institucional) manifesto no quotidiano das pessoas racializadas, nas atitudes e nos discursos de ódio racial contra as comunidades afro-descendentes e contra as comunidades ciganas que há seiscentos anos integram o tecido sociocultural português”.

O movimento também alerta para a “xenofobia crescente contra imigrantes de várias nacionalidades que enriquecem o nosso país com a sua cultura e o seu trabalho”.

Os seus responsáveis dizem que estas situações resultam de “ódios anacrónicos, frutos da ignorância, (que) são veiculados por partidos e organizações de extrema-direita que, recorrendo ao populismo demagógico, abusam dos estereótipos, exploram os preconceitos raciais e xenófobos herdados da ditadura fascista e colonialista (Estado Novo) e fazem daquelas comunidades os bodes expiatórios das desigualdades sociais que esses partidos e organizações incentivam”.

O GUIAR foi apresentado nas vésperas do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, que se assinala esta sexta-feira (dia 21).

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