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A Associação Hípica e Psicomotora de Viseu está a construir um Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão que vai apoiar 30 pessoas com multideficiência. A resposta social abrange pessoas com mais de 18 anos e vai permitir aos utentes terem acesso a um conjunto de atividades que serão adaptadas às necessidades individuais e vão desde ateliês a terapias.
“É uma resposta que tem alocada uma equipa multidisciplinar, composta por vários técnicos da área da saúde e da área social. Estamos a falar de terapeutas, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais”, explicou ao Jornal do Centro o presidente da Associação.
Segundo Luís Ribeiro, o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão é um sonho que tem acompanhado a associação desde que foi criada há 11 anos e que agora será uma realidade.
“Há muita gente que precisa deste tipo de solução, sabemos que há uma lista de espera grande noutras IPSS e nós também estamos cá para somar. E esse foi o grande mote. É aqui que as pessoas irão passar o seu dia e ter acesso a várias dinâmicas pensadas de forma individual e que respondam às necessidades de cada pessoa”, referiu.
O projeto, que resulta da requalificação da Escola Primária de Vil de Souto, sede da associação, deverá estar pronto dentro de dois a três meses. O edifício é composto por refeitório, uma sala de convívio e várias salas onde os utentes vão poder desenvolver as várias atividades ao longo do dia. À entrada, há ainda um jardim sensorial, uma zona com plantas aromáticas e uma área que será transformada em horta.
Apesar de o centro ser o “quartel-general”, a ideia é que estas pessoas estejam em contacto com a comunidade e envolvidas em atividades fora de portas.
“A ideia também é fazer a integração destas pessoas na comunidade. Trabalharem, por exemplo, em empresas ou utilizarem espaços públicos, irem ao ginásio, à natação, fazerem uma lista e irem às compras. No fundo, fazerem uma vida perfeitamente normal”, explicou.
A empreitada para a criação do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão começou em 2023 e a primeira pedra foi lançada na presença da então secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.
A obra está orçada em cerca de 700 mil euros e é cofinanciada pelo Programa PARES 3.0, em cerca de 560 mil euros, e conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Viseu, em 100 mil euros.
A recuperação da escola, que é sede da associação há uma década, era outro dos sonhos da associação que encetou esforços para “preservar e valorizar o património histórico” mantendo a fachada original.
Lar residencial é o próximo passo
Prestes a terminar o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, a associação está já a pensar no próximo projeto que será um lar residencial e que será construido no futuro piso superior do centro. Este lar vai albergar 23 pessoas com multideficiência.
“Sabemos que há pessoas com necessidades mais profundas, cujas famílias não podem ficar com elas em casa, por falta de recursos ou por não conseguirem responder a todas as necessidades e o lar será uma hipótese”, disse Luís Ribeiro.
Atualmente, a Associação Hípica e Psicomotora de Viseu disponibiliza várias valências. A equitação com fins terapêuticos é a grande base de criação da instituição e que hoje recebe pessoas vindas de vários pontos do distrito e do país.
Em Tondela está instalado um Centro de Desenvolvimento Infantil, uma clínica de despiste de patologias e défices de desenvolvimento na infância, que disponibiliza pediatria do neurodesenvolvimento, terapia da fala, psicologia, terapia ocupacional e equitação com fins terapêuticos. A clínica, direcionada para crianças do pré-escolar e 1º ciclo, apoia 25 crianças por semana.
A associação criou ainda uma escola de equitação, com chancela do Clube Desportivo de Tondela, e conta atualmente com 65 praticantes.