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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
O antigo presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, José Morgado, regressa à corrida pela liderança do município, agora como candidato independente.
“Face a tanta solicitação de pessoas, empresários e comerciantes e também de instituições locais, considero ter condições para apresentar uma candidatura a Vila Nova de Paiva”, afirmou em declarações à agência Lusa.
O antigo autarca, que foi eleito em 2009 pelo PS e saiu em 2021, após três mandatos consecutivos, falava à agência Lusa a propósito do anúncio da sua candidatura, enquanto independente, hoje ao final da tarde na sua freguesia natal, Touro.
José Morgado assumiu que “a militância partidária foi deixada nos anos de [19]90” e, por isso, é “livre para apresentar uma candidatura independente” e conta com Carlos Reis, “um jovem advogado, também independente”, para a Assembleia Municipal.
A decisão de se candidatar também assenta em “toda a experiência adquirida” no seu percurso político que, além da Câmara de Vila Nova de Paiva, passou também pela vice-presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro.
“Nesta última experiência percebi que posso dar muito mais à minha terra, porque fiquei com uma maior abrangência e adquiri conhecimento importante, nomeadamente na área dos fundos que se podem utilizar”, sublinhou.
Nesse sentido, definiu “cinco ou seis planos estratégicos” para Vila Nova de Paiva, como uma “maior modernização administrativa na Câmara que possa agilizar processos e torná-la mais próxima dos cidadãos”.
No Ambiente, o destaque do candidato vai para a resolução de “um problema crónico” no concelho, como é o “grande constrangimento” de água no verão, uma vez que “as captações próprias já não dão resposta” e, por isso, é necessário criar “uma reserva de água ou, então, integrar um sistema que garanta o seu abastecimento” o ano inteiro, sustentou.
“Mas também temos de promover a floresta de produção. Deixámos de ser um concelho de uma ruralidade pura e, como temos vastas áreas de floresta, acredito que temos potencial para trabalhar a economia da floresta”, realçou, o que o leva ao outro objetivo de “investir na mobilidade, nomeadamente nas vias de acesso às atividades rurais e florestais, à avicultura e pequenos negócios que estão disseminados no concelho para que possa haver aí um desenvolvimento económico”.
José Morgado indicou ainda que o parque escolar, com “mais de 40 anos, também deveria ser alvo de requalificação”, assim como a zona industrial, que “devia ser ampliada, com todas as novas tecnologias, para não limitar o desenvolvimento”.
“Cultura, desporto e turismo são também parte da estratégia, com uma agenda de eventos fortes, que alavanquem o território e, ao mesmo tempo, mobilize as pessoas e possa gerar economia local”, disse. E, “trabalhar com políticas em rede, não só dentro do concelho, como fora, com os municípios da região”, acrescentou.
José Morgado, 57 anos, advogado de formação, é casado e tem dois filhos e concorre à liderança da Câmara com o atual presidente, Paulo Marques, eleito pelo PS, que cumpre o primeiro mandato.
Em 2021, no concelho de Vila Nova de Paiva votaram 3.255 eleitores, 54,51 por cento dos inscritos. Destes, 43,59% (1.419 votos) foram para o PS, que elegeu dois mandatos.
Na oposição ficaram dois eleitos pelo PSD, que conquistou 34,16% do eleitorado (1.112 votos) e o Nós Cidadãos!, que elegeu um vereador, com 16,80% (547 votos).