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Joaquim Alexandre Rodrigues
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O Cineteatro Jaime Gralheiro, em São Pedro do Sul, vai receber esta sexta-feira (28 de março) o primeiro encontro regional da candidatura do canto a vozes a património da UNESCO. A iniciativa acontece a partir das 17h00. A cantora Isabel Silvestre, um dos nomes mais reconhecidos do canto polifónico português, vai ser a conferencista convidada da sessão que também irá juntar autarquias e grupos de vozes.
Após o reconhecimento do canto a três ou mais vozes de matriz rural como Património Imaterial Nacional, a Associação de Canto a Vozes – Fala de Mulheres entende que é gora “necessário, mais do que nunca, reunir forças, torná-las visíveis e mais poderosas” em torno da candidatura à UNESCO.
“Assim, vão realizar-se encontros regionais, abertos a todos, entre autarquias, grupos e associações, para tornar público um desejo comum”, acrescenta a associação.
Além de São Pedro do Sul, também vão estar representadas no encontro as autarquias de Vouzela, Oliveira de Frades e Sever do Vouga e os respetivos grupos locais de cantos que irão subir ao palco do Cineteatro Jaime Gralheiro.
Depois de São Pedro do Sul, vai haver um outro encontro a ter lugar no dia 26 de abril em Arouca, com a conferencista Rosário Pestana e a presença das autarquias de Arouca, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra. Os seguintes encontros decorrerão durante os meses de maio e junho em Viana do Castelo, Braga, Porto, Bragança e Oeiras.
Atualmente, a Associação de Canto a Vozes – Fala de Mulheres integra 64 grupos de canto a vozes de Portugal e França. Este tipo de canto foi incluído em 2023 no inventário nacional do Património Cultural Imaterial.
O canto a três ou mais vozes foi um nome atribuído em março de 2020 por cerca de 360 cantadeiras numa reunião ocorrida na altura em Viana do Castelo para caraterizar esta manifestação cultural que dá voz a mulheres em diferentes localidades rurais do país há várias gerações.
As cantadeiras, integradas em grupos femininos ou mistos (também há homens a cantar), cantam as vozes que formam a polifonia vocal, sendo detentoras do conhecimento que diferencia e simboliza esta arte musical.
Os grupos têm uma distribuição não equitativa das vozes cantantes, numa relação que pode ir de 15 elementos na voz mais grave para um, dois ou três elementos nas vozes mais agudas.