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Joaquim Alexandre Rodrigues
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O presidente da autarquia de Cinfães pediu esclarecimentos à Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa depois de o município ter sido “surpreendido” com o anúncio do encerramento da Unidade de Saúde de Moimenta.
O aviso, colocado na entrada da unidade de saúde, alerta para o encerramento do serviço já a partir de 31 de março e informa os utentes que, a partir dessa data, “passarão a ser acompanhados na Unidade de Saúde de Souselo”.
Em comunicado, Armando Mourisco lamenta que o município não tenha sido ouvido sobre o encerramento.
“Fomos confrontados, sem auscultação, sem um simples telefonema ou um email, com um comunicado – frio e seco – que informa do encerramento da Unidade de Saúde de Moimenta”, descreve a autarquia.
A nota descreve ainda que os utentes de Cinfães têm sido “prejudicados” na prestação dos cuidados de saúde, “ainda por cima uma população envelhecida e, por consequência, mais carenciada desses cuidados”.
No e-mail enviado ao presidente do Conselho de Administração da ULS do Tâmega e Sousa, José Luís Gaspar, o município diz ainda que há “muitos utentes com falta de médico de família em Souselo”, Unidade de Saúde com cerca de 5.000 utentes e onde está “apenas um médico”.
Já “na Unidade de Saúde de Oliveira do Douro – até então sem médico de família, agora apenas com médico às 2ª feiras todo o dia e 4ª feiras de manhã, e a atender apenas os doentes crónicos (diabetes e hipertensos), utentes esses com agendamento desde agosto do ano passado”.
Armando Mourisco sublinhou ainda que “a criação das duas USF anunciadas, a USF Serpa Pinto, em Cinfães e a USF Douro Verde, em Souselo, encontram-se “congeladas”, à espera de vistorias” e que “o atraso provoca a desilusão dos médicos de família e a vontade de sair deste concelho (apesar dos apoios que o município dá de 600 euros mês, acrescidos de outros benefícios)”.
O autarca descreve ainda uma “preocupação acrescida”, referindo-se ao último presidente do Conselho de Administração, Henrique Capelas que assinou um “acordo de contratualização na área da fisioterapia com a Santa Casa da Misericórdia de Cinfães, mas sem efeito à data, visto a falta de uma autorização final da Administração Central do Sistema de Saúde, que mantém religiosamente os documentos sem despacho”.
O pedido de esclarecimentos, acrescenta o município, foi ainda motivado pelo descontentamento partilhado pelos autarcas de freguesia e, sobretudo, pelos utentes de Cinfães.
À autarquia chegou um e-mail da Junta de Freguesia de Souselo onde expressava “a sua profunda preocupação relativamente à atual carência de médicos no Centro de Saúde de Souselo”.
O presidente, Ivo Samuel, descreve que a situação agravou-se nos últimos dois meses, “na sequência da saída de dois médicos que aí prestavam serviço” o que resulta “em tempos de espera excessivos e, em muitos casos, na necessidade de deslocação para outras unidades de saúde”.
“Dada a gravidade desta situação e os impactos que dela advêm para o bem-estar e a qualidade de vida da nossa comunidade, apelamos à intervenção urgente junto das entidades competentes”, pede Ivo Samuel ao autarca de Cinfães.