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“A Feira assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do vinho do Dão”

Os desafios do setor do vinho e da vinha, a investigação e o apoio aos produtores são alguns temas da entrevista ao presidente da Câmara de Nelas, Joaquim Amaral

 “A Feira assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do vinho do Dão”
07.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 “A Feira assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do vinho do Dão”
16.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 “A Feira assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do vinho do Dão”

Com 33 edições, a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, é das mais antiga do país. Promover
e valorizar o vinho, um dos principais produtos endógenos da região, é o grande objetivo
do certame que termina no domingo (8 de setembro). O presidente da autarquia,
Joaquim Amaral, garante que a feira tem vindo a crescer de forma a preservar o vinho
como uma parte identitária, cultural e de afirmação de toda uma região. Os desafios
para o setor, a necessidade de valorizar a investigação ou a vontade de continuar a
envolver os produtores na organização da feira são alguns dos temas desta entrevista


São já 33 edições da Feira do Vinho do Dão. De que forma o certame tem ajudado o setor?
Este certame, feito nestes moldes e dedicado ao vinho, é o mais antigo do país e que se realiza de forma ininterrupta. Foi perspetivado e projetado em boa hora, era um evento que tinha uma forte componente de promoção territorial, que ainda tem, e é um evento que tem na sua génese um modelo económico, porque falamos de um produto endógeno de excelência que é o vinho do Dão. Mas, estamos a falar também de um modelo de negócio, empresarial, que envolve empresários, produtores, enólogos. A Feira do Vinho do Dão tem isso como missão: a promoção, a valorização e o potenciar, numa escala cada vez maior, deste produto de excelência que nós temos. No fundo, a Feira posiciona-se como um operador que contribuiu para a promoção do vinho do Dão.

Essa promoção e valorização traduz-se nas várias iniciativas, que vão da presença de produtores a conversas e debates sobre o setor?
Sim, em primeira instância temos a promoção e a venda do produto, mas, desde 2022, passámos a envolver os produtores na organização da Feira do Vinho do Dão. E estamos a fazê-lo para aportar o conhecimento e experiência que estes têm de eventos nacionais e internacionais e para que a feira possa crescer, cada vez mais, para um patamar de excelência, de profissionalização, naquilo que é um vento direcionado para um produto específico como o vinho. Esse é o modelo que está criado nessa perspetiva económico-financeira e é trabalhado não só no evento, mas a montante com a presença de distribuidores, engarrafadores, escansões, operadores de distribuição de grandes superfícies, de lojas comerciais que vendam produtos endógenos. E temos também trabalhado naquilo que é o aumento da escala do evento, para ajudar a arranjar mais parceiros e reforçar a rede estratégica com vários agentes económicos e ajudar a promover todo o valor associado ao vinho, como o enotorismo, restauração e gastronomia.

De forma a potenciar o turismo à volta deste produto endógeno?
Sim, e isso vem ganhar este ano uma nova dinâmica com o “Dão de Portas Abertas”, com as visitas a quintas. A ideia não é nova, já existe, mas incluir no certame vem reforçar essa prática, porque a feira atrai milhares de visitantes. Nós valorizamos este produto endógeno e não nos podemos esquecer que está associado à nossa cultura, a vinha está presente desde sempre na nossa região. Nós, direta ou indiretamente, estamos todos ligados ao vinho do Dão, seja porque temos família ou conhecidos com vinhas, seja porque já pisámos uvas ou visitámos quintas. O vinho faz parte do nosso património cultural, à volta do vinho gira tudo o que é a componente cultural, social e de convívio. E quem visitar estas quintas vai poder perceber o vinho de outra forma, vai perceber as vinhas através dos cheiros, dos aromas, das notas de chocolate, de frutos vermelhos, do granito, do terroir. Por isso, aproveitamos para reforçar esta dinâmica do vinho, do turismo e da gastronomia que é uma responsabilidade da Feira do Vinho do Dão.

Os produtores e quintas sentem que a Feira tem efeitos práticos nas vendas, nas visitas?
Nós temos uma comunicação muito grande com os produtores. Quando termina a feira falamos com todos eles. No ano passado, a esmagadora maioria dos produtores disse que, em termos da criação de valor de contacto e venda direta de vinho, foi um dos melhores anos e até tivemos uns dias em que as condições meteorológicas não foram favoráveis. Mas, o feedback foi muito positivo. E, depois do término da feira, fazemos reuniões periódicas, para fazermos uma avaliação da edição anterior, onde discutimos o que podemos melhorar, desde a forma como estão os expositores ou a parte mais técnica como, por exemplo, garantir material que beneficie as provas de vinho.

Os debates sobre o setor têm também um papel importante nessa valorização e crescimento do vinho do Dão?
Sem dúvida. Temos conversas e debates reflexivos sobre o vinho, sobre como chegámos até aqui em termos de modelo económico, o futuro e os grandes desafios. Temos que falar nisto, sobretudo pelo contexto em que vivemos e que é do conhecimento de todos.

Tempos que não são fáceis para quem vive do setor.

Não são tempos fáceis, mas queremos acreditar que em termos de negócio tem futuro. Claro que depois há outras questões como a concorrência, já que há cada vez mais produtores e quintas, e depois há a questão do escoamento do vinho. Enquanto autarquia, achamos que também temos que apostar na investigação, nomeadamente através do Centro de Estudos Vitivinícolas. E, depois, esse conhecimento tem que ser passado ao setor económico, para os empresários da fileira da vinha e do vinho, produtores, enólogos, para continuarmos a garantir um patamar de excelência e para que os nossos vinhos sejam diferenciados, sejam elegantes e vinhos que todos reconhecem pela qualidade e excelência. E, claro, arranjar novos mercados, novas formas de distribuirmos o nosso produto. A Feira do Vinho do Dão assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do Dão.

Na programação há um momento dedicado aos jovens produtores. É uma forma de se preparar e mostrar o futuro da região?
O futuro penso que está garantido, somos uma região com 116 anos enquanto região demarcada e efetivada e, portanto, temos um longo caminho percorrido, claro que houve momentos menos positivos, mas o balanço é claramente bom e o resultado está à vista, temos dos vinhos mais elegantes, reconhecidos e afamados no país e no mundo. Estes jovens produtores até vêm demonstrar esse crescimento. Por exemplo, anunciámos 39 produtores e, neste momento, temos 42 e os que entraram são novos produtores, jovens, dois deles vão participar pela primeira vez. E na programação temos ainda uma conversa que pretende valorizar o Dão no feminino e temos muitas mulheres a trabalhar muito bem o vinho da nossa região. Teremos ainda um espaço para órgãos de comunicação especializados, wine bloggers e influencers para ajudarem em toda a divulgação da feira, do vinho e da região.

Falava na investigação. De que forma o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão pode ajudar e como está o ponto de situação para as obras anunciadas há algum tempo?
O Centro de Estudos foi, durante muito tempo, o verdadeiro polo de investigação e experimentação do vinho do Dão com o engenheiro Alberto Viana, escolas e todos os enólogos e investigadores do vinho que trabalhavam no centro e que contribuíram decisivamente para algumas castas que hoje tem uma grande notoriedade na região. Durante um tempo passou a não estar tão ativo e há um projeto de requalificação que tarda em ser concretizado e que até deverá ter que receber uma nova dotação. Mas há investigação a decorrer lá e essa investigação tem que ser condições, nomeadamente no interior do edifício. É também imperioso que os quadros de trabalhadores do Centro de Estudos não sejam descontinuados, porque estamos a falar de uma verdadeira biblioteca e arquivo do património genético do Dão. E, por isso, temos que avançar com a requalificação e não é só no papel, tem que ser efetivada e dotarmos este espaço de mais recursos humanos. E, claro, o Centro tem que ser um espaço que reúna instituições de ensino superior, Comissão Vitivinícola Regional do Dão, a tutela, através do ministério, e também com um conselho geral que incluísse várias autarquias da região.

Ainda em relação ao programa, volta a apostar-se na vertente cultural que vai da música ao teatro.
O que tentamos fazer é que o evento tenha duas vertentes, por um lado a questão económica e depois a socialização. E a parte social tem que ter música, teatro, exposições, pintura, tem que ter conferências e conhecimentos. E tem que ter a família e há sempre uma preocupação grande com as crianças, a quem dedicamos um espaço que temos vindo a melhorar. A ideia que queremos passar é que há, de facto, uma cultura do vinho na nossa região.

E há ainda uma ação de sustentabilidade, que envolve a cortiça e reflorestação.
A sustentabilidade é claramente uma preocupação da Feira do Vinho do Dão e, nesse sentido, vamos firmar um protocolo com a Green Cork/Quercus, de forma a promover a plantação de árvores autóctones que começará em Nelas e que depois vamos querer alargar aos concelhos onde há produtores. E teremos ainda uma eco-campanha, “Reciclar a rolha é a melhor escolha”. Há claramente uma vertente de responsabilidade social, de pedagogia, de sustentabilidade e de sensibilização de reutilização de materiais.

 “A Feira assume-se como um parceiro estratégico da valorização e promoção de toda a região do vinho do Dão”

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