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Graças às abençoadas vacinas, as restrições impostas por causa da Covid estão a cair umas a seguir às outras.
É o caso das praxes. No ano passado, por causa da peste, os “veteranorums” tiveram que meter a viola no saco, juntamente com os penicos que costumam enfiar na cabeça dos caloiros. Este ano, aí estão eles de novo.
As cidades estão outra vez a ser invadidas por morcegos vestidos de negro, com as suas “práticas humilhantes, que fazem uso abusivo de uma relação de poder baseada na antiguidade”, conforme muito justamente as descreveu, há um ano, o então presidente do Politécnico de Viseu, João Monney Paiva.
Pelos modos, estas “práticas humilhantes” voltaram ainda com mais força. Por causa disso, na quinta-feira de manhã, Joana Amaral Dias foi ao jardim do Campo Grande e, num “live” no Instagram, tratou de destratar, em directo, os tratantes dos praxistas.
A qualidade fílmica daqueles 4’54” não é grande coisa, a introdução ao tema por parte daquela “influencer” também nem por isso e o diálogo dela com as “veteranoras” e com os “veteranoros” é todo ele péssimo.
É tudo para esquecer menos o solilóquio final da conhecida comentadora televisiva, feito enquanto a morcegagem de capa e batina esvoaça à sua volta. O que Joana Amaral Diz consegue dizer naquele ambiente hostil merece transcrição para aqui: «A oligofrenia das faculdades…» [a palma de uma mão cresce em direcção à objectiva] «… e, por isso, …» [um intruso assenhoreia-se do enquadramento] «… é que as faculdades, também por isso, se transformaram em plantações de couves…» [com dificuldade, Joana consegue reaparecer no plano] «… e não propriamente em sítios de produção intelectual, de pensamento crítico, de discussão, de debate. Enfim…»
À hora que escrevo, o vídeo no Instagram já tem 202.547 visualizações. Os comentários àquele post não mostram grande pensamento crítico.
E, pelo que se percebe, aqueles “repolhos” e aquelas “couves-pencas” não vão desistir da porcaria das praxes.
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