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A 14 de março assinala-se o Dia Mundial da Incontinência Urinária, uma doença bastante comum na população geral, predominantemente no sexo feminino, e que aumenta com a idade.
Estima-se que cerca de 50% da população feminina adulta sofre de incontinência urinária, mas apenas uma parte procura tratamento. É importante desmistificar a doença e reforçar que existem tratamentos que podem devolver a qualidade de vida. O importante é procurar ajuda atempadamente!
Existem diferentes tipos de incontinência
A incontinência urinária é a ocorrência de perdas urinárias de forma involuntária e pode dividir-se em quatro grandes tipos: de esforço; de urgência; mista; e por regurgitação.
A incontinência urinária de esforço é o tipo de incontinência urinária mais frequente na mulher. Ocorrem perdas involuntárias de urina com a tosse, espirros, quando se levantam pesos, fazem esforços ou se pratica exercício físico. Já a incontinência de urgência está associada ao síndrome de bexiga hiperativa idiopática, que se caracteriza pela ocorrência de imperiosidade/urgência, frequentemente acompanhada de polaquiúria (urinar pouca quantidade muitas vezes ao dia) e notúria (necessidade de acordar durante a noite para urinar). A imperiosidade/urgência pode ou não resultar em perdas urinárias involuntárias.
Em cerca de um terço das mulheres com incontinência, coexistem os dois tipos de incontinência (incontinência mista): esforço e urgência.
Por último, a incontinência por regurgitação ou extravasamento ocorre quando há obstrução crónica ao esvaziamento vesical, por exemplo devido à hiperplasia benigna da próstata no homem, ou neuropatias periféricas com descompensação do detrusor- o músculo da parede da bexiga.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce da doença é fundamental. Quanto mais cedo diagnosticado, melhor será o prognóstico.
A avaliação da incontinência é quase exclusivamente clínica. Uma correta e cuidada avaliação pelo urologista, algumas vezes com realização de estudos complementares, nomeadamente estudo urodinâmico, ajudará no diagnóstico mais correto e terá grande impacto no prognóstico.
No tratamento da incontinência urinária de esforço, o objetivo é devolver à uretra o seu suporte músculo-aponevrótico com rigidez suficiente para tapar a uretra no momento de esforço. Havendo potencial de recuperação muscular, a fisioterapia de reforço da musculatura pélvica tem algum benefício. Porém, mais frequentemente a solução passa pela cirurgia de colocação de uma prótese suburetral – uma espécie de rede que irá suportar os músculos. Trata-se dum procedimento minimamente invasivo, podendo em alguns casos ser realizado sob anestesia local e em regime de ambulatório, apresentando uma taxa de sucesso superior a 95%.
No caso da incontinência urinária de urgência, o tratamento de primeira linha passa pelo tratamento com medicamentos que reduzem a hiperatividade detrusora ou induzem o relaxamento do músculo da bexiga, respetivamente.
Quando as queixas são refratárias ao tratamento com estes fármacos está indicada a injeção intravesical de toxina botulínica (botox).
Na incontinência urinária mista, trata-se habitualmente em primeira instância o componente de maior gravidade. Na incontinência urinária por regurgitação, o tratamento consiste na correção da uropatia obstrutiva infravesical subjacente.
Aos primeiros sintomas de incontinência urinária, consulte o seu médico.Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maior a probabilidade de sucesso no tratamento.
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