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GNR Viseu - Apreensão 1
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“A patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa e tem um excelente prognóstico”

Ana Oliveira, médica da ULS Viseu Dão Lafões, desmistifica a tiroide, uma glândula pequena, com 15 a 18 gramas, mas com uma grande importância no corpo humano

Micaela Costa
 "A patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa e tem um excelente prognóstico''
01.06.24
fotografia: Jornal do Centro
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 "A patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa e tem um excelente prognóstico''
23.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 "A patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa e tem um excelente prognóstico''


A contraindicação dos rastreios à tiroide, a falsa ideia de que um nódulo é sinal de alarme, a cirurgia e os novos tratamentos no hospital de Viseu são alguns dos temas abordados numa entrevista feita a Ana Oliveira, médica cirurgiã e responsável pelo grupo que trata a patologia endócrina no serviço de cirurgia da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões. Há mais de uma década ligada ao serviço, Ana Oliveira desmistifica a tiroide, uma glândula pequena, com 15 a 18 gramas, mas com uma grande importância no corpo humano. A região de Viseu tem uma grande incidência da patologia, muito por culpa dos solos pobres em iodo. No último fim de semana assinalou-se o Dia Internacional da Tireoide

A tiroide é uma glândula pequena, mas de uma grande importância.
A tiroide é uma glândula pequena, pesa no máximo 15 a 18 gramas, localiza-se no meio do pescoço e tem a forma de uma borboleta. Tiroide em grego quer dizer escudo, pensava-se que a tal borboleta tinha uma função de proteger as restantes estruturas do pescoço e, efetivamente, é isso que ela faz, protege estruturas muito importantes, nomeadamente umas glândulas que estão atrás dela e que são importantíssimas para que possamos ter cálcio nas nossas células e ninguém vive sem regulação de cálcio. Também passam atrás da tiroide uns nervos que fazem com que as cordas vocais mexam e a nossa tiroide está a defender essas estruturas, mas também defende a traqueia (o órgão que leva o oxigénio aos nossos pulmões) e o esófago.

Tem uma função de escudo e que outras funções tem?
Costumo dizer aos doentes na consulta que o produto do trabalho da tiroide é como se fosse a gasolina do carro e que faz com que eles andem. Por isso, podemos dizer que sem as hormonas da tiroide ninguém vive.

Desvaloriza-se a tiroide?
Não sei se é desvalorizar, o que acho é que as pessoas não sabem o que é. E, aliás, a população em geral também não precisa de saber quais são as hormonas e o que elas fazem, mas convém que tenham noção que se temos os órgãos é porque eles são necessários e têm funções próprias.

Quando falamos em tiroide, de que doenças estamos a falar?
Por um lado, doenças benignas e, por outro, doenças malignas. O que habitualmente preocupa a população é a existência de nódulos na tiroide. O que as pessoas costumam dizer quando chegam à consulta é que têm um caroço na tiroide, mas ter um caroço ou um nódulo é frequente, não é doença por si. Aliás, 70 por cento dos adultos em todo o mundo se fizerem uma ecografia têm nódulo na tiroide. Portanto, sabemos que é frequente, mas o que temos que saber é se devemos preocupar-nos com aquele nódulo.

E como é que sabemos se nos devemos preocupar com os nódulos?
A “procura” de doença tiroideia não é recomendada. Há normas da Direção-Geral da Saúde sobre patologias várias e há normas sobre doença nodular da tiroide, o primeiro ponto dessa norma diz que o rastreio de nódulos da tiroide na população em geral está contra indicado.

Como é frequente iria causar um alarmismo desnecessário?
Exatamente. Sabemos que 70% da população terá nódulos na tiroide e só 5% desses nódulos é que são malignos.

Então em que momento é que nos devemos preocupar?
Os nódulos da tiroide podem ser assintomáticos e passa a ter interesse quando estes se manifestam de alguma forma. Se as pessoas se apercebem que há um nódulo visível no pescoço aí sim tem que ser estudado e deve ir-se ao médico para perceber a natureza do nódulo e o primeiro exame que se faz é a ecografia, com esse exame conseguimos ter uma ideia se é maligno ou benigno. Há uma série de critérios que se forem agrupados dão uma determinada classificação e é ela que identifica a probabilidade de malignidade ecográfica naquele nódulo. Se a probabilidade for elevada, o médico passa para o próximo passo que é a biopsia do nódulo. Também aqui, nas biopsias, há que referir que existem critérios porque nem todos devem ser biopsados. Se o médico de família entendeu que não é para ‘picar’ é porque foi ver os critérios e não tem indicação para seguir com a biopsia.

Aqui o alarmismo também se coloca?
Sim, também se coloca, porque as pessoas passam a palavra de que fizeram ecografias e biópsia e depois é uma bola de neve. Quem se deve realmente preocupar é quem tem um nódulo que se vê, que se palpa, que dói, que dificulte a deglutição. Ou seja, todas as pessoas que têm sintomas devem procurar um médico. Quem tem na família pessoas que tiveram cancro da tiroide, não é nódulos, deve ter essa atenção. Relativamente aos nódulos estes têm mais a ver com fatores do ambiente, nomeadamente a falta de iodo nas terras longe do litoral. A tiroide produz hormonas e essas hormonas para serem produzidas necessitam de iodo. Quando a tiroide não tem iodo para produzir as hormonas ela cresce numa tentativa de compensar, esse crescimento chama-se bócio.

Essa falta de iodo pode justificar a elevada incidência na região?
A Beira Interior, por estarmos muito longe do mar, tem solos muito pobres em iodo. O iodo necessário para a produção de hormonas da tiroide vem da alimentação e não temos peixe fresco, não temos frutos-do-mar, não temos os tais solos com iodo. Nas zonas com praia, quando há a evaporação, o iodo fica na atmosfera e quando cai vai para os solos e para os reservatórios de água. Portanto, nessas zonas há mais iodo a ser absorvido nos produtos que se cultivam, como legumes, vegetais e outros. A nossa zona, como Viseu, Castro Daire, a zona da Serra da Estrela, é chamada de bócio endémico. Ou seja, mais de 10% da população que vive nesta área tem bócio (aumento da tiroide), mas por si só não representa doença. Mas esta tiroide aumentada de tamanho representa doença se, fazendo as análises, o doente tiver poucas hormonas da tiroide. E, nesta situação, o doente precisa de cuidados médicos, precisa, provavelmente, de um suplemento de hormona da tiroide. Outro sinal que é para valorizar são os sintomas compressivos, porque com o aumento da tiroide sentem uma espécie de sufoco e o que acontece é que não conseguem dormir com almofadas baixas, custa-lhes engolir e também começam a ficar roucas.

A tiroide pode produzir menos ou mais hormonas. Como se manifesta o hipotireoidismo e o hipertiroidismo?
Quando não produz hormonas – hipotireoidismo – o doente começa a sentir-se mais cansado, com queda de cabelo, a engordar. Quando produz em excesso – hipertiroidismo – o doente é mais hiperativo, treme muito, tem alterações muito grandes de humor e, muitas vezes, estas pessoas são-nos referenciadas pelas consultas de psiquiatria porque há uma confusão de sintomas. Portanto, este órgão tão pequenino causa mossa porque pode ter problemas de funcionamento, com mais ou menos produção, mas também pode ter problemas de morfologia. Ela pode crescer, por falta de iodo ou por processos inflamatórios como vírus ou doenças autoimunes, mas também pode aumentar nos casos em que têm um tumor. Mas há que referir que os tumores têm um comportamento amigo do hospedeiro.

O que quer dizer com tumor “amigo do hospedeiro”?
Cerca de 90% dos cancros da tiroide pertencem a um grupo chamado carcinomas bastante diferenciados. São tumores que, devidamente tratados, dão condições de vida ao hospedeiro. Ao fim de 10 anos, mais de 90 por cento desses doentes estão vivos.

Nestes doentes com cancro, a saúde estabiliza?
Absolutamente. Por estes dias falámos no serviço sobre o caso de um jovem de 26 anos, desta região pobre em iodo, a quem foi detetado um nódulo no pescoço e foi operado e isto aconteceu há 13 anos e ele está ótimo. Portanto, a patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa. A maioria dos tumores têm um excelente prognóstico. Aliás, há estudos que documentam que fazendo autopsias, por qualquer outro motivo que não tenha a ver com tiroide, chegou-se à conclusão que 37% das pessoas incluídas nesses estudos tinham cancro da tiroide sem que nunca tivessem tido sintomas e que acabaram por morrer de outra coisa qualquer e não do cancro da tiroide.

O cancro da tiroide tem mais prevalência em mulheres. Porquê?
Pensa-se que terá muito a ver com questões hormonais e depois porque o sexo feminino é o mais predominante. Mas, há uma incidência que está diretamente relacionada com o género e que se pensa que tem a ver com fatores hormonais, outras que não a tiroide.

E em termos de idade? Há alguma faixa etária mais suscetível?
Normalmente, acontece nos extremos das idades ou muito jovens, ou na casa dos 60 anos. Mas pode acontecer em qualquer idade, crianças inclusive e nas crianças até pode ser mais agressivo do que nos adultos, sobretudo se forem algumas formas de cancro raríssimas e que podem ter uma componente hereditária. Não é muito normal, mas pode acontecer. Mas, seja qual for a idade ou o género, a mensagem que deixo é que tenham calma, que procurem um médico e terão o melhor acompanhamento.

Quando os doentes vão à consulta já é numa fase avançada?
Chegam à consulta dois tipos de doentes, uns que vêm com indicação do médico de família para virem a um especialista em cirurgia endócrina, outros, que é a maioria, chegam porque têm um nódulo de cinco a seis milímetros e estes doentes não deveriam saber que têm um nódulo, não deviam ter feito exame porque um nódulo com menos de um centímetro não é para estudar. E há outra coisa importante, as pessoas têm que confiar nos médicos e se eles dizem que não vale a pena fazer exames é porque ele sabe o que está a dizer, porque estudou esse nódulo.

O que preocupa as pessoas é a evolução de um nódulo para um tumor?
O problema é o alarmismo, porque a vizinha tem, porque um familiar teve. A verdade é que estamos a falar de um dos tumores do corpo humano com melhor prognóstico. Como disse, 90% deles são amigos do hospedeiro. Claro que há situações complicadas, mas são raríssimas e os médicos é que sabem quem são esses doentes, não são os vizinhos.

Há formas de prevenção das doenças da tiroide?
Por exemplo, pessoas da nossa região que aparecem com vários nódulos pequenos eu digo-lhes que não têm importância nenhuma e para comprarem sal rico em iodo, sal iodado. Essas pessoas que consomem esse sal estão a pôr na sua dieta iodo, todos os dias. Esta é uma forma de controlar e de atrasar o crescimento. Por exemplo, as grávidas fazem suplementação de iodo, porque sabemos que a falta do iodo aumenta a percentagem de abortos e pode provocar alterações do feto.

Está há mais de uma década ligada a esta área no hospital de Viseu. Houve um aumento de doentes, como está o serviço?
Na década de 70/80, a nível nacional, havia 100 novos casos de cancro da tiroide, agora temos 500 novos casos por ano. Há cinco décadas não chegava à centena. E porquê? Porque agora toda a gente faz exames, ecografias, com ou sem indicação. E, como já disse, 70 por cento das pessoas têm nódulos. É verdade que aumentou o número de cancros, mas a taxa de mortalidade por cancro não acompanha esse aumento. Se há cada vez mais tumores e se esses tumores não causam mais mortes é porque não têm grande agressividade. E mesmo que seja um tumor maligno, 90% vão ter esse comportamento. Os tumores malignos da tiroide que têm mortalidade elevada são raríssimos e têm uma evolução totalmente diferente.

Atualmente, quantas pessoas atende o serviço?
Somos cinco cirurgiões que nos dedicamos à patologia da tiroide e, todos nós, vemos cerca de 20 doentes por consulta, ou seja, 100 doentes por semana. Neste momento, em consulta estou a atender pessoas de julho do ano passado. Portanto, o volume de pessoas que vêm para a nossa consulta com nódulos da tiroide são milhares ao final de um ano. Em 2023, a minha unidade operou 48 doentes, em 2022 foram 56 e em 2021 tivemos 34, que foi o pico da pandemia e que muitos adoentes não vinham ao hospital.

E falamos de cirurgias simples ou complexas?
Eu costumo dizer aos doentes, sobretudo às mulheres que chegam a dizer que querem ser operadas, que pode ser bastante mais séria a complicação de uma cirurgia da tiroide do que o motivo pela qual querem ser operadas. E costumam responder que é uma coisas simples e eu respondo que é porque trabalhamos bem e isso pode dar a ideia que são coisas simples. De facto, as pessoas não têm noção que esta cirurgia, se tiver complicações, pode ter implicações ameaçadoras da vida. E que complicações são essas? Por exemplo, no período pós-operatório a tiroide pode sangrar e essa hemorragia pode comprimir as estruturas do pescoço e causar asfixia. Outra complicação é a rouquidão que pode ficar para o resto da vida e também problemas de cálcio, porque as glândulas que falei que ficam atrás da tiroide por vezes estão dentro da tiroide e quando retiramos a tiroide essas glândulas saem e o doente passa a ter problemas de cálcio.

A cirurgia implica sempre a retirada da tiroide?
Não. Na cirurgia podemos tirar a tiroide toda ou não. Na cirurgia mínima, e tendo em conta que tem o formato de uma borboleta, podemos só tirar a “asa doente” e o corpo. Quando se tira a tiroide toda o doente sabe que terá que tomar para sempre uns comprimidos que são as hormonas da tiroide, porque sem isso não vai viver. Se tirarmos só parte da tiroide, pode não ter que fazer este tratamento. A cirurgia habitualmente é com uma incisão, uma ferida operatória, no pescoço porque é lá que se encontra. Hoje em dia já se opera a tiroide por outros locais.

Que técnicas são essas?
Pode ser feito pela axila, fazendo uma incisão e depois um túnel até à tiroide. São cirurgias que se fazem muito no Oriente, por questões culturais e porque o pescoço é uma zona muito nobre. Em Viseu esperamos introduzir, num curto espaço de tempo, talvez até final do ano, esta forma de cirurgia. É evidente que não é para retirar grandes bócios, porque já operamos tiroides que pesam 700/800 gramas. Já em relação aos nódulos há outras técnicas que não a cirurgia e que passam pela destruição dos nódulos. Temos que ter a certeza que os nódulos são benignos, com duas biopsias, e depois destruímos esses nódulos, seja com laser, microndas ou radiofrequência. Estou muito empenhada em introduzir a radiofrequência no hospital de Viseu.

É uma das fundadoras da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Endócrina (SPCENDO). Qual o objetivo da criação desta associação?
A SPCENDO foi criada em finais do ano passado, em julho juntamos-nos para alinhavar e em novembro apresentámos a sociedade. Fomos seis médicos fundadores, do norte, centro e sul, eu sou a representante do centro. É um recém-nascido, mas já com muito trabalho. O nosso grande objetivo prende-se com a formação de profissionais de saúde nesta área, porque não é só a população que tem défice de conhecimentos. A ideia é que se possa saber mais sobre a cirurgia endócrina, sobre a tiroide, paratiroide, suprarrenal e os tais tumores endócrinos e acompanhar e trazer às pessoas o que se faz de novo nesta área. Quem quiser aprofundar conhecimentos tem agora um lugar para o fazer e temos também um site online que as pessoas podem consultar e expor as suas dúvidas, sejam profissionais de saúde ou população em geral. Até agora não havia em Portugal, mas agora passam a ter um canal onde podem expor dúvidas que serão respondidas por alguém da área.

E há iniciativas desenvolvidas pela Sociedade?
Fizemos já dois webinares com uma participação muito significativa de cirurgiões, internos de cirurgia e endocrinologistas. Fizemos recentemente em Viseu, com a colaboração do hospital, dois cursos com pormenores e avanços técnicos. Formámos colegas que vieram de outros pontos do país beber e atualizar os conhecimentos. Temos programada uma reunião nacional para novembro e ainda vamos fazer outro webinar. Estamos muito ativos na formação.

Com a criação da sociedade poderemos vir a ter uma “radiografia” das doenças relacionadas com a tiroide em Portugal?
Esse é também um dos objetivos da sociedade, fazer um levantamento da nossa realidade, nas diferentes áreas, tiroide e paratiroide. Quantos doentes há, o que fizemos nestes anos. No fundo, é uma forma de auditar o que estamos a fazer no país. Todos achamos que estamos a fazer o melhor, mas a única forma de sabermos é ir ao terreno, recolher os números, ver as experiências, juntar tudo e tirar conclusões. Outras das funções é promover a formação em centros europeus numa determinada área. Atualmente a sociedade vive dos associados, mas esperamos que um dia possamos estar a patrocinar os colegas para irem a este tipo de formações.

 "A patologia da tiroide é muito frequente, mas a incidência de tumores malignos é muito baixa e tem um excelente prognóstico''

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