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No espaço de um ano teremos eleições autárquicas, na reta final de 2025, e presidenciais no início de 2026, em 25 de janeiro. Não há calendário para as legislativas. Primeiro, porque a legislatura começou há cerca de um ano e, segundo, porque nos últimos seis meses de mandato deste Presidente da República e nos primeiros seis do próximo não pode haver dissolução da Assembleia da República e novas eleições.
Portanto, no espaço mediático, a ocasião é para conhecer candidatos, avaliar os seus méritos, os seus projetos e as respetivas possibilidades de sucesso. Não fosse a experiência e a realidade, diria com grande otimismo que o país participaria numa discussão virtuosa que permitiria aos eleitores uma decisão informada. Infelizmente não é isso que poderá acontecer.
As redes, as plataformas, os meios de comunicação social tradicionais, estão pejadas de negativismo, de confusão entre a árvore e a floresta, votando ao esquecimento tudo o que possa constituir, por exemplo, sucesso pessoal, empresarial, científico, desportivo ou cultural de valorização das pessoas e respetivas comunidades. As notícias existem, mas são parcas e fugazes.
Sim, sobre elas não há os dias, semanas ou meses dedicados, por exemplo, aos incêndios na Califórnia ou em Portugal, às cheias em Espanha, aos recentes tremores de terra em Santorini, ao processo eleitoral nos Estados Unidos, à guerra das taxas de Trump contra o resto do mundo, ao conflito no Oriente Médio, ou à invasão da Ucrânia pela Rússia de Putin. Tudo é transformado num “reality show” que vende audiências e ganha mercado publicitário. É a guerra das audiências, a qualquer o custo!
O negativismo nunca motivou ninguém para o desenvolvimento público coletivo, porque transporta em si mesmo desalento e não esperança, receio em vez de determinação e a ideia de que tudo é igualmente medíocre prolifera e não cativa, afasta. Talvez, por isso, nas presidenciais, pareça existir uma tendência maioritária para votar no Almirante Gouveia e Melo que não em outras personalidades que aparecem mais ligadas aos partidos tradicionais.
No PS há um bom exemplo disso mesmo. Artur Santos Silva, ex Presidente da Assembleia da República, confessou a sua simpatia por António Vitorino e o contrário por António Seguro adjetivando-o, maliciosa e injustamente, com total falta de elevação. Ana Gomes fez o mesmo a António Vitorino, maliciosa e injustamente, ao arrepio do perfil próprio de uma embaixadora. Se os exemplos devem vir de cima, e devem, então foi prestado um mau serviço ao PS e à democracia, bem como ao percurso de vida de cada um deles.
Espero bem que também se pronunciem sobre Fernando Medina e Duarte Cordeiro que nas notícias de hoje, à data que escrevo, depois de um calvário de nove anos de desfeita, foram ilibados de qualquer suspeita no processo Tutti Fruti. É também isto que afasta a disponibilidade dos melhores para o exercício de responsabilidades autárquicas ou de órgãos de soberania.
Entre nós, nas autárquicas, espero bem que o debate durante os próximos meses se foque no que realmente interessa. A credibilidade começa por não dizer mal do que está bem, nem dizer bem do que está mal. Pode ser sobre a paternidade da isenção de portagens, do novo edifício das urgências, do hospital psiquiátrico, das obras que vão ter início no IP3 ou da entrada em funcionamento da linha da Beira Alta, desde que não façam esquecer, por exemplo: a ligação ferroviária a Viseu, o Centro Oncológico, a melhor solução para o abastecimento de água, a melhor estratégia para um acesso à habitação a custos controlados, a atratividade para as industrias tecnológicas, o emprego qualificado, a interação e valorização das instituições de ensino, a melhor decisão para um espaço de artes e espetáculos e o apoio ao movimento associativo, a mobilidade no concelho, a melhoria do parque escolar, a inclusão social, o ambiente ou a integração energética. A dita “perceção”, positiva, que as pessoas tiverem da qualidade dos seus políticos e das suas políticas, da seriedade do debate e do realismo das soluções é o único caminho para uma maior participação e melhor decisão nas próximas eleições autárquicas. É isto que nos afasta dos extremos!
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