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Anda no ar um discurso que explora os anos da verdade e os anos da mentira. O problema é que cada um tem a sua verdade e a retórica da verdade/verdadeira é pouco para combater o atual estado de coisas. Já não existe suficiente confiança no sistema político, nem na democracia que temos e alguns pensantes começam a fazer-lhe as cerimónias fúnebres. Apesar de ainda existirem no Mundo mais países em democracia do que em autocracia, desde 2005 que os valores democráticos sofrem uma profunda erosão e um ataque nas liberdades civis e políticas. Entre nós assistimos a uma tribalização dos partidos que pensam mais em si próprios do que na solução dos grandes problemas do país.
Tudo isto gerou uma sociedade de desconfiança nas instituições e até na democracia. Mais do que retórica, aquilo que se exige é um outro tipo de ação que contrarie esta Política Paliativa, essa que é incapaz das reformas e prefere os analgésicos de curta duração.
Numa relação causa/efeito é então que aparece uma nova crença! Ela diz que só as pessoas fora do sistema serão capazes de contrariar este estado de coisas. São os puros, os acabados de nascer e sem pecado original.
A sua arte não tem compromissos, mas um discurso e estilo que glorifica a autenticidade do seu líder, o único que é capaz de combater o sistema e a corrupção. Esse quer abafar os partidos tradicionais, devolver o poder ao povo, diabolizar os partidos no poder e insiste que o povo está a ser traído. Passa a ser um discurso moral, os bons e os maus, o sonho do regresso do Robin dos Bosques.
O sistema abana, a contagem dos votos dá-lhes razão e alguns partidos sentem-se tentados por retóricas menos sólidas, linguagens líquidas e que se esfumam para poder dar para os dois lados. Os novos tempos já não precisam do discurso da verdade/mentira, esse está refém do populismo. A solução é outra, o sistema tem que produzir medidas estruturais de que tanto foge, gerar novas políticas, novos modelos e reduzir os sentimentos de insegurança e medo. Tem de mostrar que tem uma visão com futuro e capacidade de ação para cumprir esse propósito. Mostrar que a democracia ainda não esgotou todas as suas formas, mas que para isso é preciso fazer uma sociedade mais sábia, informada e participativa. É preciso concluir que só os partidos é pouco e que não bastam só as eleições!
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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