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ACERT com uma programação de Abril focada no poder da palavra e na memória coletiva

Por entre um Teatro Paraíso com um cine-teatro ambulante e uma Viagem de Capitães onde a memória do 25 de Abril é revisitada em concerto, existe ainda uma Queima e Rebentamento do Judas sob(re) a teia da "globalienação"

Diogo Paredes
 ACERT com uma programação de Abril focada no poder da palavra e na memória coletiva - Jornal do Centro
07.04.25
fotografia: Jornal do Centro
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 ACERT com uma programação de Abril focada no poder da palavra e na memória coletiva - Jornal do Centro
07.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 ACERT com uma programação de Abril focada no poder da palavra e na memória coletiva - Jornal do Centro

Durante os meses de abril, maio e junho, a ACERT celebra a palavra, a memória e o poder do coletivo. Por entre uma Queima e Rebentamento do Judas, um festival internacional de cartoons e a estreia do álbum de Valter Lobo, Tondela vai ser palco de peças de teatro e espetáculos que celebram não apenas a liberdade, como também o modo como as palavras e a memória constroem essa mesma liberdade. Este espírito de comunidade e do poder da memória estão presentes com uma maior intensidade no primeiro mês.

Abril começou com a apresentação do mais recente espetáculo da companhia Trigo Limpo teatro ACERT, intitulado “Teatro Paraíso”. A peça serve de ode às antigas bibliotecas itinerantes que costumavam circular pelo interior rural de Portugal. Uma carrinha transformada num auditório sobre rodas com capacidade para mais de 60 pessoas que apresenta “Teatro Paraíso”, a história de três netos que, ao receberem do avô uma carrinha de cinema ambulante, devem continuar o seu legado.

No final do mesmo mês, os 51 anos do 25 de Abril celebram-se na noite anterior, primeiro com o concerto “A viagem dos capitães”, depois com o DJ Set “Surma”. Uma proposta de criação musical a partir de acontecimentos reais – neste caso a intervenção do Regimento de Infantaria 14 no dito Golpe das Caldas e a participação no 25 de Abril.

O concerto reproduz a viagem dos Capitães do RI14 até Lisboa. Com início às 21h30, este espetáculo conta com música ao vivo, texto e imagens, “como se fosse a banda sonora possível daquela madrugada”, contextualiza a ACERT. Com composição de António Vitorino d’Almeida, arranjos de Luís Cardoso e texto de José Rui Martins, esta homenagem promete levar o público numa viagem com 300 quilómetros e cinco décadas de existência.

A artista Surma sobe a palco às 23h00, encarregue de levar a audiência por uma navegação entre o indie, o techno, o punk e a eletrónica. “Um momento para dançar e sentir o Abril de hoje”, esclarece a ACERT.

Por entre um Teatro Paraíso e uma Viagem de Capitães existe ainda uma Queima e Rebentamento do Judas, presente este ano sob a forma de uma aranha, cuja teia da globalização acarreta tanto o mal quanto o bem. “Tentámos encontrar uma forma simples e eficaz, mas poética, de transmitir ao público a crítica acutilante sobre os males, para que no fim nos consigamos rir”, acusando o boneco de todos os males e condenando-o ao fogo, disse esta quinta-feira aos jornalistas o ator e dramaturgo Pompeu José.

A aranha gigante vai ser incendiada no dia 19 de Abril, num espetáculo comunitário que contará com mais de 350 participantes, promovido pelo Trigo Limpo Teatro ACERT. O espetáculo tem lugar no fim de semana da Páscoa para, como explicou o encenador, purificar simbolicamente, através do fogo, o mundo de todos os males.

A temática da globalização, que neste caso surge numa “teia” que une todos e que, segundo Pompeu José, é mais uma “globalienação”, será abordada durante o espetáculo, que decorrerá num “país de mosquitos”. “Temos de a saber usar não como uma prisão, mas como uma capacidade de união e de força”, afirmou, contando que “os mosquitos têm consciência de que vão ser comidos pela aranha, mas aceitam aquela vida”

No dia 19, 60 participantes estarão envolvidos na parte musical e 290 na representação, depois de cerca de uma semana de ensaios conhecida como a Fábrica da Queima. “A Queima do Judas é feita de raiz e de novo: as ideias do texto e da dramaturgia, a composição musical, a cenografia, os figurinos, o fogo, tudo. Isto tudo é preparado e concebido anteriormente, mas é construído integralmente em cinco dias”, frisou. “Durante o dia, os horários vão rodando e os grupos vão passando por todas as funções, sendo que na música é no sentido de aprender as canções, depois à noite há um ensaio com toda a gente, enquanto se continua a construir”, disse ainda o dramaturgo.

Além das dinâmicas de oficina e interpretação que ocorrem de forma prolongada ao longo do dia para a maioria dos participantes, a Fábrica da Queima vai ter um grupo com mais de 40 pessoas que estarão presentes em regime pós-laboral. Para Pompeu José, este número revela a abrangência da Queima do Judas na comunidade tondelense

Já na madrugada de 20, à 01h00, é a vez de Los Atléticos proporcionarem aos resistentes da Queima do Judas um DJ Set que transformará o espaço da queima numa verdadeira pista de dança. Entre a pop, a eletrónica e o rock, Los Atléticos vão obrigar cada um dos membros do público a necessitar de uma cadeira, uma toalha e um pouco de descanso no final, porque se é para dançar, terá de ser de forma atlética.

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