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O Eucalipto de Contige, no concelho de Sátão, foi eleito a Árvore do Ano, num concurso organizado pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), e vai representar Portugal no concurso internacional deste ano.
Numa votação, segundo a organização das mais renhidas de sempre, em que participavam 10 árvores, venceu o eucalipto com mais de 140 anos, naquela que é a sexta edição da iniciativa em Portugal, com 3.046 votos.
O Eucalipto de Contige é considerado pela Universidade de Aveiro “a maior árvore classificada de Portugal”. A organização explica em comunicado que a sua plantação remonta a 1878, quando se abriu a Estrada das Donárias, mantendo-se desde então, apesar de todas as intervenções urbanísticas e rodoviárias.
A árvore, de grandes dimensões com 43 metros de altura e 11 metros de perímetro de tronco, está classificada como de interesse público desde agosto de 1964. A sua plantação poderá estar ligada à celebração do nascimento de uma das filhas do então proprietário. Este foi o terceiro ano que o eucalipto centenário concorreu, mas até agora ainda não tinha conseguido estar entre os finalistas.
De acordo com os resultados da votação que decorreu online com mais de 20 mil votos distribuídos pelas 10 árvores finalistas, a Azinheira de Alportel em São Brás de Alportel, no Algarve, ficou em segundo lugar (2.879 votos). Na terceira posição ficou o Castanheiro Gigante de Guilhafonso, em Pera de Moço, no distrito da Guarda (2.863 votos). Em quinto lugar está o Plátano do Palácio dos Condes de Anadia, em Mangualde, que teve 2.065 votos.
O Eucalipto de Contige, à beira da Estrada Nacional 229, irá representar Portugal no concurso europeu “Tree of the Year”, cujas votações decorrem também online, no próximo mês, organizadas pela organização ambiental Associação de Parceria Ambiental (“Environmental Partnership Association”- EPA).
O concurso da Árvore Europeia do Ano surgiu em 2011, inspirado num concurso da República Checa sobre a Árvore do Ano. Desde então, os países envolvidos passaram de cinco para 22. A UNAC aderiu pela primeira vez à iniciativa como organizador nacional em 2018. Em 2018 foi uma árvore portuguesa a ganhar o concurso internacional. Na última edição internacional venceu o Carvalho de Dunin, eleito pela Polónia.
De acordo com a UNAC, o objetivo do concurso é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural. “Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas”, salienta.
A UNAC é uma União de Organizações de Produtores Florestais que representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.