No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Bolsonaro teve a sensatez de optar por participar num passeio motard e não estar presente na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Reforçou a sua identidade, não deixou os seus créditos em mãos alheias, “curtindo” o som dos escapes dos seus apoiantes, e poupando quase 260 milhões de falantes da Língua Portuguesa da sua presença que em nada dignificaria os vultos da cultura e das artes dos países irmãos. O senhor Jair não percebe o alcance do “português” açucarado, coitado! O menosprezo pela lusofonia, que cultiva com afinco, momentaneamente, terá sido ofuscado pelos gases e rateres libertados pelos escapes. Adoro motos, já tive moto, mas ao ver Bolsonaro num desfile motard, imediatamente me lembrei de duas séries específicas que vi, recentemente, na NETFLIX: Sons of Anarchy e O Combatente.
Imaginemos que estaria presente e dava asas à sua, já habitual, incontinência verborrágica, ainda por cima sem máscara. O nosso Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, desvalorizou e atirou: “Dança quem está na roda.” Ainda há esperança, Bolsonaro não dança, para todas as brasileiras e todos os brasileiros que se sentem abandonados por quem os (des) governa. Segundo o estudo Broken Sentiment 2021 do Ipsos, divulgado há dias pela BBC Brasil, entre os 25 países do mundo com maiores problemas e que se sentem em declínio e desamparados pelos que o governam, o Brasil está em primeiro lugar. De cada 10 brasileiros, 7 afirmam sentirem-se abandonados e em crise política. Associado a este indicador, o estudo revela um dado que deve preocupar os brasileiros e o mundo, 74% dos brasileiros anseiam, como remédio, pela chegada de um líder forte que tire o país das mãos dos ricos e poderosos. Todos sabemos, a história é pródiga em exemplos, qual foi o resultado de crises económicas e sociais e a chegada de “messias” redentores. A Europa já pagou preços muito altos, como o Holocausto que alguns tentam apagar.
Para dançar o tango são preciso dois, para uma dança de roda são precisos vários. No Brasil vários autores retratam a dança como um estado de espírito, um reflexo de bem-estar e prazer do corpo físico e da mente que requer solidariedade e empenho entre sociedade e comunidade. Se Bolsonaro estivesse na roda a dançar, haveria o risco de ser confundido com um amigo da lusofonia, algo que não tem correspondência com a realidade. Como escreve o investigador Mathias Alencastro, na Folha de São Paulo, “Bolsonaro também foi o primeiro presidente a promover a negação dos países da língua portuguesa como espaço geopolítico.” Não podemos esperar mais nem melhor de alguém que nega a ciência, ignora, olimpicamente, mais de 555 mil mortos por Covid-19 e continua a não assumir o seu absurdo ao considerar (e depois negar) a pandemia uma “gripezinha” que não afetará alguém como ele, com um perfil e histórico de atleta.
Não ter estado presente foi bom, em tempos de combate ao inimigo invisível, todos os que honraram a língua portuguesa, obrigado Presidente Marcelo, conseguiram manter-se afastados do “Bolso-nazismo” (Michel Gherman e Fábio Tofic Simantob, In Folha de São Paulo, 01 de agosto de 2021).
Jair Bolsonaro, a imitação é sempre pior do que o original, terá no pretérito presidente americano, Donald Trump, uma fonte de inspiração e parece apreciar a extrema direita polaca e húngara. Talvez sinta alguma espécie de prazer pela absorção e manifestação de todos os “ismos” que não podemos aceitar em pleno século XXI: racismo, sexismo, idadismo, LGBTismo, populismo, paternalismo, servilismo. Aos “ismos” adiciono ainda a xenofobia e a aporofobia. Já terá feito elogios ao ditador sanguinário Adolf Hitler. Recebeu, há dias, no Palácio do Planalto, em Brasília, a deputada alemã Beatrix von Storch, uma das lideranças do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha durante o regime nazi de Adolf Hitler. Não será despiciendo recordar que o partido AfD está sob vigilância policial, na Alemanha. Na visita ao Brasil, a deputada de extrema-direita também foi recebida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. A parlamentar alemã ainda teve reuniões com os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Aprendemos, da pior maneira, com a pandemia, que um vírus que surja na China está, apenas, a um voo de distância de qualquer outro continente. Os micróbios do extremismo, de direita ou de esquerda, propagam-se à velocidade da luz. Também no nosso país, os ventos parecem estar favoráveis ao populismo, à demagogia, à xenofobia, à intolerância, à ciganofobia, aporofobia, até, arrisco dizer, a um certo marialvismo, anacronismos que encontram terreno fértil para vingarem, consubstanciados nas desigualdades sociais, na pobreza, na descrença, na indiferença. Ainda estamos a tempo, com coragem e determinação, de, aplicando o medicamento certo – o VOTO – evitar, em Portugal, a multiplicação da indesejável clonagem de Jair Bolsonaro, Donald Trump, Matteo Salvini, Viktor Orbán, Gerolf Annenmans, Jaroslaw Kaczynski, Marine Le Pen. Ignorar nunca será uma boa solução!
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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