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Andreia Miranda: A menina que faz (quase) tudo no trabalho

Carla Ferreira e João Micaela
 Andreia Miranda: A menina que faz (quase) tudo no trabalho
22.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Andreia Miranda: A menina que faz (quase) tudo no trabalho
22.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Andreia Miranda: A menina que faz (quase) tudo no trabalho

No coração da pequena vila de Souselo, em Cinfães, onde o tempo parece desacelerar e a beleza do Douro se destaca, surge a figura carismática de Andreia Miranda. Transformando espaços rurais em destinos que perduram na memória, Andreia é a alma por detrás de um dos projetos de turismo rural da região. A paixão pelo campo e dedicação incansável revitalizaram um espaço que, outrora, se encontrava em ruínas.

Vamos descobrir como sua visão e capacidade de trabalho abriram caminhos para o sucesso de um alojamento, fazendo de sua história um verdadeiro exemplo de dedicação e inspiração.

Uma vida no campo

Andreia Miranda tem 30 anos, mora em Fornelos Cinfães, e tem uma formação técnica em Turismo que depois complementou com a licenciatura em Gestão de Atividades Turísticas no Porto.

Diz-se “tremendamente perfeccionista”, mas reconhece que esta característica pode dificultar a sua relação com o trabalho e com as pessoas. Andreia trabalha na Quinta do Aido desde 2015, um alojamento em ambiente rural, onde faz um pouco de tudo.

“Sou uma pessoa responsável, organizada, gosto dos meus tempos livres, sou teimosa, e tenho algumas dificuldades em lidar com certos tipos de personalidade”, refere. Gosta de estar em paz com ela própria e com os outros, gosta de passear, de estar com sua família, de ler, e também de viajar.

A nível profissional, a área do Turismo permite-lhe fazer o que gosta. “Coisas diferentes todos os dias, conhecer pessoas novas todos os dias, ter realidades diferentes e não estar fechada dentro de quatro paredes. Este trabalho, esta área tem me dado muito daquilo que eu preciso e que eu quero”, sublinha Andreia.

Viver e trabalhar na “Terra”

A Quinta do Aido, localizada na pequena vila de Souselo, no concelho de Cinfães tem-lhe dado aquilo que aspira em termos profissionais. “Aqui, os dias nunca são iguais, as tarefas nunca são iguais, eu ando no interior, eu ando no exterior, e isso é o que me satisfaz bastante”, conta.

Responsável por várias tarefas, Andreia faz um pouco de tudo. “Eu sirvo pequenos almoços, eu acompanho os hóspedes, eu pergunto se dormiram bem, eu dou-lhes uma sugestão para um passeio, para um restaurante, depois eu organizo o quarto do hóspede, os espaços comuns, vejo como é que está o stock de compras para os próximos pequenos almoços, vou fazer o trabalho de computador, responder a e-mails, fazer a gestão das reservas e dos horários horário de trabalho”, explica.

Para além destas tarefas e, quando as casas estão ocupadas, faz a limpeza dos escritórios da empresa proprietária do alojamento e também verifica o estado da adega. Quando solicitado pelos hóspedes, ainda faz provas de vinhos apesar de não ter formação, apenas alguns conhecimentos que lhe foram transmitidos pelos pais e pelos avós que trabalharam na agricultura. Uma leitura atenta às fichas técnicas dos vinhos para estar minimamente preparada, também se revela de grande utilidade.

Faz acompanhamento pelo telemóvel ao hóspede e, sempre que este precisa de alguma coisa, Andreia encontra-se disponível. “O hóspede precisa de alguma coisa, eu venho cá, independentemente, da hora porque eu depois recebo muitas gratificações e é muito bom, é mesmo muito bom para mim”, frisa.

Receção de clientes é, portanto, o que sabe fazer melhor pois considera ter um lado humano “muito forte” que a beneficia e beneficia a equipa, mas por vezes com “determinadas personalidades” também a prejudica, um aspeto que tem vindo a trabalhar com ela própria.

Andreia também privilegia “imenso” o trabalho de equipa. “Eu não tenho muita criatividade, a minha capacidade de iniciativa é moderada, então, eu vou buscar estas competências às minhas colegas”, refere. “Um espaço grande, um espaço pequeno, não importa, só funciona bem se trabalharmos em equipa sempre, e uma equipa verdadeira. Se isso não acontecer, as coisas não vão funcionar e não vão funcionar bem para todos”.

Por vezes, reconhece que esta dedicação ao trabalho lhe traz algum desequilíbrio à vida pessoal e social. No início “deu” muito do seu tempo para o trabalho, e quase nada para si. Hoje, tenta encontrar esse equilíbrio recorrendo a um bom planeamento e a uma eficaz execução das tarefas para o trabalho ficar orientado e “elas desenrascarem-se sem mim, permitindo que vá colmatando e tentando equilibrar os dois campos”, realça.

De qualquer modo, admite queeste espaço lhe dá muita resiliência, muita persistência, “têm me dado aquilo a que eu chamo muito calo para resolver as coisas”.

Quando questionada se é isto que quer fazer da sua vida profissional, se é aqui que quer continuar, Andreiaresponde que ainda não sabe e termina dizendo “eu gosto do que faço, eu sei o que eu quero fazer, mas não sei. Contudo, ainda me vejo aqui um bom tempo”.

Um turismo rural onde se criam memórias

A Quinta do Aido trouxe dinamismo à região, primeiro porque era um espaço em ruínas que foi reconvertido e, depois, porque algumas as pessoas que emprega são do concelho ou do concelho vizinho. “As pessoas mais idosas também beneficiam com o projeto, prova disso é que acabam por gostar da convivência com as pessoas que ficam hospedadas na quinta”.

Para além do convívio com os locais, os hóspedes podem experienciar diversas atividades. Provas de vinhos, piqueniques na vinha, passeios de barco, paddle, rafting, piscina, fazer churrascos, são algumas das possibilidades.

No fundo, “têm aqui um espaço muito, muito relaxante com uma completa envolvência na natureza, em que o cantar dos passarinhos é o que necessitam para relaxar e para cortar com os picos de stress”, sublinha Andreia. Uma quinta pensada para proporcionar aos hóspedes boas memórias, bons momentos e, quando isso acontece, “a ligação com o espaço vai ser para sempre e, mais cedo ou mais tarde, eles vão voltar”, afirma.

Claro que, Andreia e a sua equipa são quem fazem tudo isto acontecer. O reconhecimento chega ainda quando os hóspedes estão na quinta. “Uma das coisas que eu mais prezo e que me dá muita, muita, mas muita satisfação são mesmo as palavras das pessoas”, conta emocionada.

Os hóspedes costumam deixar-lhe recados e mensagens em papel, agradecendo e elogiando o seu trabalho. Há até, quem já a tenha convidado para passar uma semana na Alemanha. Também as conversas, as brincadeiras com os visitantes são momentos que a satisfazem bastante. “Ser reconhecida desta forma é tão mais importante para mim do que receber não sei quanto dinheiro em gorjetas”.

São pormenores como estes que fazem da Quinta do Aido, em Cinfães, um espaço a visitar. Um lugar para quem “precisa de um cortar total com o stress, para quem precisa de descanso, de relaxamento, de convivência com a natureza, de criar memórias, de criar momentos bons, momentos positivos, recarregar baterias, e conhecer a cultura local e a gastronomia local”, destaca Andreia Miranda.

 Andreia Miranda: A menina que faz (quase) tudo no trabalho

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