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O artista Hugo Canoilas está a preparar na galeria Venha a Nós a Boa Morte (VNBM), em Viseu, a sua próxima exposição com a colaboração de oleiros tradicionais de Molelos (Tondela).
A residência artística, feita a convite do espaço cultural, decorre até 19 de janeiro e visa preparar a exposição que vai ser inaugurada no próximo mês de fevereiro. Hugo Canoilas conta com a colaboração de uma olaria de barro preto de Molelos para desenvolver parte dos seus trabalhos.
A futura mostra de Hugo Canoilas vai contar com novas obras que “interlaçam a produção mais recente do artista com motivos que recolheu durante a sua primeira fase da sua residência”, explica a VNBM em comunicado.
A exposição inclui objetos tradicionais, inscrições dos períodos megalítico ao medieval e detalhes das pinturas de Vasco Fernandes (Grão Vasco).
Hugo Canoilas também vai abrir o seu ateliê pop-up no segundo polo da VNBM, na Rua Augusto Hilário, para uma masterclass e visitas de alunos da Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV).
Além da masterclass e das visitas dos estudantes da ESEV, o processo de criação de Hugo Canoilas também pode ser visitado pelo público em geral, mediante marcação.
Com várias exposições no currículo, Hugo Canoilas é natural de Lisboa, mas vive e trabalha em Viena (Áustria). O seu trabalho estende-se a meios como a pintura, a escultura, a instalação e a performance.
Segundo a VNBM, Hugo Canoilas desenvolve o seu trabalho “a partir de um caos que existe no universo do pintor, formado por todas as pinturas que existem à priori, na sua cabeça, e pelos eventos artísticos, políticos e sociais que se multiplicam desmesuradamente na vida contemporânea”.
“É desta forma que assistimos ao desenvolvimento de uma obra em permanente mutação, utilizando, à vontade, um vasto leque de linguagens e suportes e que se manifesta de forma heterogénea entre o erudito e popular, entre o social e o artístico, sobretudo congregando as várias formas, numa mimesis entre o ethos e a praxis do autor”, acrescenta a galeria de arte.
Com o seu trabalho, Hugo Canoilas pretende renovar o olhar sobre o já dito e o já feito, libertando-se do cliché em arte.