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As autárquicas de 2013 foram de castigo aos partidos (o povo estava zangado por causa da bancarrota e da troika), as de 2017 foram de reconciliação com os partidos (a geringonça estava em lua-de-mel, o povo fazia escapadinhas para alojamentos locais), as deste ano era suposto serem da fragmentação partidária.
Era esperável que os novos partidos ganhassem lugares aos partidos tradicionais que têm pontificado nas câmaras e nas assembleias municipais. Não esqueçamos que esses órgãos são compósitos, funcionam em polifonia, a várias vozes, com oposição e situação.
Nestas autárquicas houve muitas coligações de geometria variável, entre grandes, médios e pequenos partidos, e com independentes à mistura, pelo que é difícil destrinçar as performances de cada um. Descoligados, o Chega elegeu 19 vereadores e 173 deputados municipais, a Iniciativa Liberal 26 deputados municipais e o PAN 23. As autarquias ficaram com um pouco mais de diversidade, mas ainda não aconteceu a fragmentação partidária que se previa.
Nacional
António Costa teve uma notícia muito má (a amarga derrota de Fernando Medina em Lisboa), uma notícia assim-assim (prossegue o declínio do PCP, mas Jerónimo de Sousa aguenta a pancada e a geringonça) e uma notícia muito boa (os resultados do PSD seguram Rui Rio, o inábil líder da oposição).
Distrito de Viseu
O PSD e o PS estavam empatados com 11 câmaras (havia duas independentes), agora os laranjas ficaram com 13 e os rosas regrediram para dez (ficou uma independente). Pedro Alves derrotou José Rui Cruz.
O PS caranguejou de 66 vereadores para 60. Quatro desses vereadores perdidos escorreram para grupos independentes, um para o PSD e um para o Chega, que elegeu António Silva em Mangualde.
O combate particular entre os dois partidos das guerras identitárias — o Bloco de Esquerda e o Chega — foi ganho pelo partido de André Ventura, que elegeu um vereador e sete deputados municipais (dois em Mangualde, um em Castro Daire, Lamego, Tondela, Sátão e Viseu), enquanto o BE não elegeu nenhum vereador e ficou reduzido a uma deputada municipal na capital do distrito.
O PCP desceu de quatro para três deputados municipais (em Armamar, Nelas e Lamego); perdeu Filomena Pires na assembleia municipal de Viseu, uma voz combativa que vai fazer falta naquele órgão.
Para terminar, resta dizer que o CDS, onde não foi debaixo da capa laranja, deixou de existir: há quatro anos elegeu três vereadores e 14 deputados municipais, agora, sozinho, zero. Nem conseguiu eleger um deputado municipal no concelho de Viseu, onde já governou. Não se percebe o bate-bombos satisfeito do Chicão.
Concelho de Viseu
Como previsto aqui há três semanas, no tira-teimas dos votos, Fernando Ruas elegeu cinco vereadores, João Azevedo quatro.
As eleições foram polarizadas entre o PSD e o PS. Os outros seis partidos ficaram todos no mesmo plano: entre o terceiro (Chega) e o oitavo (CDU) houve uma diferença de menos de mil votos.
Fernando Ruas evitou dizer o que pensa do legado dos últimos oito anos de festas e festinhas. Não disse bem. Mal também não. Embora tivesse andado perto, quando, numa entrevista ao Diário de Viseu, se descaiu e confessou que só podia definir as obras que vai fazer depois de saber a situação financeira da câmara. Que, desconfia-se, não há-de ser famosa.
João Azevedo fez uma campanha esforçada e teve um bom resultado, da mesma ordem de grandeza do das legislativas de 2005, quando o PS obteve a única maioria absoluta da sua história.
Resta constatar que, em 2025, Fernando Ruas vai ter 76 anos, João Paulo Gouveia 48 e João Azevedo 50. Oxalá estejamos cá todos e com saúde para ver o que acontece.
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