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Autarca de Mangualde lamenta que barragem de Girabolhos seja só “uma intenção”

"As pessoas desta região estão cansadas de anúncios ao longo destes anos", diz Marco Almeida

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 Autarca de Mangualde lamenta que barragem de Girabolhos seja só “uma intenção”
10.03.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Autarca de Mangualde lamenta que barragem de Girabolhos seja só “uma intenção”
10.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Autarca de Mangualde lamenta que barragem de Girabolhos seja só “uma intenção”

O presidente da Câmara de Mangualde, Marco Almeida, lamentou hoje que o Governo apenas tenha anunciado “uma intenção” relativamente à barragem de Girabolhos, sem se comprometer com prazos.

Entre as quase 300 medidas a implementar no âmbito da estratégia nacional “Água que Une”, que foi apresentada no domingo pelo Governo, em Coimbra, está um estudo “para avaliar a viabilidade da construção da barragem de Girabolhos”, em Seia.

“As pessoas desta região estão cansadas de anúncios ao longo destes anos. Têm sido feitos vários, mas depois nada se concretiza. Aquilo que foi anunciado, mais uma vez, foi uma intenção de se avançar para Girabolhos, sem datas previstas para o efeito”, afirmou Marco Almeida aos jornalistas, acrescentando que a informação que o município tem ainda é “muito vaga”.

O autarca socialista lembrou que o município sempre disse que a região “ficou penalizada por o Governo não ter avançado com a barragem de Girabolhos”.

“É uma obra estruturante quer para região, quer para o país, e é uma necessidade não para ficar no papel, mas sim para se tornar uma realidade”, frisou.

Girabolhos, no rio Mondego, integrava um conjunto de 10 novas barragens do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico, lançadas pelo governo de José Sócrates, mas a sua construção foi cancelada em abril de 2016, quando já tinha sido concessionada.

Na sequência do cancelamento, a Hidromondego comprometeu-se a desenvolver várias medidas para melhorar a vida das populações dos concelhos de Mangualde e Nelas, no distrito de Viseu, e de Gouveia e Seia, no distrito da Guarda.

A empresa, que iria construir a barragem, disponibilizou cerca de seis milhões de euros para apoiar diversos investimentos, tendo cada um dos municípios sido beneficiado com uma verba de cerca de 1,5 milhões de euros.

Na altura, o Ministério do Ambiente justificou que na base da decisão estavam critérios jurídicos, financeiros, expectativas dos municípios abrangidos, metas das energias renováveis e descarbonização da economia portuguesa.

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