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O candidato do PSD à Câmara Municipal de Resende, Fernando Silvério, criou um grupo de trabalho para ouvir os cidadãos e saber os seus anseios para depois elaborar o programa.

“Fomos diferentes e criámos uma comissão consultiva que, no fundo, está a ouvir as pessoas, porque não quero criar um programa e ideias que podem parecer muito bonitas no papel, mas que não vão ao encontro das necessidades das pessoas”, defendeu.

Ainda assim, Fernando Silvério explicou que “já há projetos e ideias concretas” e que “já não é tempo de grandes obras, mas sim, de apostar mais nas pessoas” para “combater o grande flagelo de Resende e do interior” do país.

“Essa é a nossa grande obra, combater a saída das pessoas e o desemprego, e isto não pode ser uma luta partidária, tem de ser de todos. Queremos atrair empresas, investimento público e privado e queremos acompanhar os investidores, para estagnar esta hemorragia da saída” dos cidadãos, defendeu.

Uma das formas, passa pela “valorização das pessoas, ou seja, dar-lhes condições de trabalho, que não o trabalho precário que é um flagelo que se vive no concelho”, mas antes “oferecer trabalho com segurança, para que possam estabilizar e programarem futuro e família”.

Outro dos apoios que “ainda está a ser trabalhado, porque é um projeto muito complexo” passa pela “criação de um seguro de saúde municipal”, que “vai depender de uma série de fatores como, por exemplo, as necessidades, o agregado familiar e a idade para ser negociado com a companhia um seguro global”.

“O objetivo é dar à população uma saúde mais acessível, com menos custos, e mais abrangente, ou seja, permitir que as pessoas tenham possibilidade de recorrer às unidades de saúde normais, as públicas, mas também às outras, as privadas”, referiu.

Ainda na saúde, Fernando Silvério quer “ajudar, principalmente, quem vive mais afastado das três unidades de saúde do concelho” e, para isso, tem um projeto no programa para “criar um plano, em articulação com essas instituições”, para assegurar “os transportes para as consultas”.

“A população é idosa, está envelhecida, e como os transportes públicos são quase inexistentes, custa-me muito ver as pessoas a fazerem quilómetros a pé, nas beiras das estradas, porque não têm dinheiro para o táxi”, justificou.

Atualmente, Fernando Silvério é vereador da oposição na Câmara Municipal de Lamego, município vizinho, depois de ter sido presidente da Assembleia de Freguesia de Lamego, Almacave e Sé.

Começou as lides políticas, contou, “em 2001, nas listas do falecido Brito de Matos, que perdeu a câmara nesse ano para o PS, com o então António Borges,” que presidiu a câmara três mandatos, anos em Fernando Silvério integrou “sempre as listas do PSD”.

“Quando vim para Lamego, em 2013, e me candidatei à freguesia, diziam-me que eu era de Resende. Agora candidato-me a Resende e dizem-me que sou de Lamego. Eu sou orgulhosamente de Barrô [Resende], a minha terra natal, onde tenho casa, família e a minha mãe”, contou.

Fernando Silvério assumiu que segue “atentamente a vida dos dois concelhos” vizinhos da região Douro Sul, agora aceitou o desafio do PSD, porque entendeu que pode “ser o rosto da mudança” que o seu partido procura para o seu concelho de origem.

“Sou casado e muito bem casado. Celebraremos 25 anos em julho do próximo ano, o que hoje em dia não é fácil de acontecer”, destacou o candidato, de 49 anos, que tem uma filha e é advogado há 21 anos, com escritório em Resende e Lamego.

Fernando Silvério concorre à presidência da Câmara de Resende, nas eleições marcadas para 26 de setembro, com Fernando Pinto (CDU) e com o atual presidente, Garcez Trindade (PS) que lidera o executivo desde 2013.

Em 2017, o atual presidente conquistou a câmara com 47,42% dos votos (quatro mandatos) e a oposição (PSD) conseguiu os restantes três com 42,02%, num concelho de 10.764 eleitores e cuja participação nessas eleições autárquicas foi de 72,92%.

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