A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Reunimos os momentos que marcaram 2024: histórias que inspiraram, conquistas que nos…
A psicóloga acaba de lançar “O Mundo cabe no coração de uma…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
José Carreira
A polémica continua no PSD Mangualde por causa da escolha do candidato para as autárquicas deste ano. A estrutura concelhia do partido volta a repudiar o nome de João Lopes, agora aprovado pelo PSD nacional como o candidato social-democrata à Câmara Municipal.
O PSD local tinha avançado com o nome de Sobral Abrantes que anunciou, entretanto, uma candidatura independente. Mas a Comissão Política Distrital de Viseu acabou por assumir o nome de João Lopes, que foi vereador da Cultura eleito pelo PS na Câmara de Mangualde. Pelo meio, o PSD Mangualde foi a votos num processo eleitoral marcado pela polémica com os procedimentos de entrega das listas.
“A Comissão Política de Secção de Mangualde vem, mais uma vez, desmentir a indicação do candidato apresentado (João Lopes) e repudiar a sua imposição por parte da Comissão Política Distrital, lamentando que a mesma não se paute pela verdade e pelo cumprimento estatutário”, pode ler-se no comunicado divulgado esta quarta-feira (dia 22) pelo PSD Mangualde.
A estrutura concelhia reitera ainda que a Comissão Política Distrital “apenas conhece um nome indicado por Mangualde (Sobral Abrantes), por deliberação, para liderar uma candidatura à Câmara Municipal de Mangualde, que não este (João Lopes)”.
“Perante tamanha falsidade e imposição, e sem apoio dos militantes, verificamos que a Comissão Política Distrital anda de comunicado em comunicado, atrás do prejuízo, a tentar, uma e outra vez, enganar os mangualdenses e os militantes do PSD do distrito, tentando, com mentiras, sacudir a ‘água do capote’ para não ser responsabilizada pelo péssimo e desastroso resultado que vai obter em Mangualde, à semelhança do que aconteceu nas eleições passadas, perante a imposição de outro candidato vindo do PS (Joaquim Patrício em 2021)”, acrescenta a nota.
A concelhia de Mangualde aproveita ainda o comunicado para desafiar a distrital de Viseu a repor “a verdade” e a divulgar “a deliberação que prova que este nome (Sobral Abrantes) foi indicado por Mangualde, e que legitima a imposição do seu candidato (João Lopes)”.
“É uma falta de respeito para com os militantes de Mangualde e para com o próprio candidato que, cego pelo poder, não vislumbra a humilhação. Jamais nos calaremos a ditadores, jamais apoiaremos uma candidatura imposta”, conclui a nota.
Contactado, o coordenador autárquico do PSD, Pedro Alves, disse ao Jornal do Centro que, juridicamente, a estrutura concelhia de Mangualde não está em funções, dada a impugnação do ato eleitoral para aquele órgão.
O nome de João Lopes integra a lista dos primeiros 43 candidatos autárquicos homologados pela direção nacional do PSD. Antes, em comunicado assinado pelo seu presidente, Carlos Silva Santiago, a Comissão Política Distrital do PSD de Viseu assumiu a escolha de João Lopes, falando mesmo em corroboração com a concelhia de Mangualde.
“O convite, que partiu da Comissão Política de Secção de Mangualde, corroborado pela Comissão Política Distrital e pela coordenação nacional autárquica do PSD, demonstra bem a pluralidade e a necessidade que os partidos políticos têm de ser cada vez mais abrangentes e inclusivos, abrindo as suas portas à sociedade, lutando por causas essenciais para o progresso e desenvolvimento de Mangualde”, lê-se na nota divulgada em outubro do ano passado.
A distrital de Viseu também destacou João Lopes como “um candidato vindo da sociedade civil, que sempre foi movido pela nobre aspiração de servir a comunidade e de trabalhar incansavelmente por um futuro melhor para todos os mangualdenses, independentemente dos seus credos, ideologias ou convicções”.
Além de João Lopes e Sobral Abrantes, as autárquicas em Mangualde também já contam com os candidatos Marco Almeida (PS e atual presidente da Câmara) e António Silva (Chega).
Nas últimas autárquicas, em 2021, o PS venceu em Mangualde com maioria absoluta (54,82 por cento dos votos), tendo conseguido quatro mandatos na Câmara. A coligação PSD-CDS ficou com dois mandatos (25,67%) e o Chega com um mandato (11,39%).