O vice-presidente da Câmara Municipal de Tarouca, José Damião Melo, é o candidato do PSD às eleições autárquicas no concelho, confirmou esta quarta-feira (22 de janeiro) o próprio.
“Não será novidade para 99% dos tarouquenses, porque é um desejo meu, não o escondo, apesar de ainda não ter apresentado publicamente a candidatura”, disse José Damião Melo em declarações à agência Lusa.
Aprovado na terça-feira (dia 21) no conselho nacional do PSD, depois de aprovado por unanimidade na concelhia, José Damião Melo foi vice do atual presidente, Valdemar Pereira, eleito também por aquele partido durante três mandatos consecutivos e por isso impedido de se recandidatar.
Diretor financeiro, José Damião Melo admitiu à agência Lusa que quando abraçou o projeto de Valdemar Pereira, em 2013, “foi sempre com o objetivo de um dia ser o candidato”.
“Os meus projetos são muito focados nas pessoas, na qualidade de vida e na atratividade do território. Portanto, o meu trabalho será com o intuito de atrair mais empresas e com isso fixar mais pessoas no território”, disse.
O candidato acrescentou que, nos últimos 12 anos, a equipa a que pertence “tem conseguido isso, porque Tarouca tem aumentado a sua população e, felizmente, hoje, a média de idades tem vindo a diminuir”.
“Ou seja, temos cada vez mais jovens a chegar ou em Tarouca e isso orgulha-nos e faz-nos perceber que estamos no caminho correto e, por isso, acredito que devo continuar com os projetos em curso e com outros que tragam qualidade de vida e futuro”, defendeu o atual vice-presidente da autarquia.
Dos projetos que tem em mente, o candidato destacou a “construção de raiz de um centro cultural que vai alavancar os eventos do município para outro tipo de projeção, que deixarão de ser tão locais para se tornarem regionais ou mesmo nacionais”.
A obra está inscrita no orçamento municipal para 2025 e, “apesar de serem os tarouquenses a decidir quem ficará” na presidência do Município de Tarouca, o candidato quer “iniciar o quanto antes” o projeto.
“Mas, claro, vai prolongar-se para o próximo mandato e admito que quero ser eu a inaugurá-lo. É um projeto meu e gostaria de ter a confiança dos tarouquenses”, admitiu.
José Damião Melo nasceu há 50 anos em Moçambique, é casado e tem uma filha de 22 anos. Filho de pais tarouquenses, chegou a Tarouca com seis meses, terra que diz “não trocar por nenhuma outra”, já que é “um apaixonado” pelo seu concelho.
“Não consigo viver sem respirar este ar tarouquense e também por isso a minha dedicação de sempre por esta terra e o meu compromisso autárquico. O que me atrai na política é a proximidade”, remata. José Damião vai ter como adversário o candidato do PS, César Carvalho.
Em 2021, Tarouca elegeu três representantes na Câmara pelo PSD, com 59,68 por cento da votação (2.676 votos), e dois pelo Movimento de Cidadãos Amar Tarouca, que conquistou 33,79% do eleitorado (1.515 votos).
Mais de 90 por cento dos candidatos do PSD “já foram escolhidos”
Entretanto, o PSD já revelou que foram homologados pela direção os primeiros 43 candidatos autárquicos do partido e que “mais de 90% estão escolhidos”.
“Trata-se de um processo que nós vamos realizar até ao final do primeiro trimestre, como já começámos há cerca de dois anos. Temos hoje condições para dizer que mais de 90% dos candidatos estão hoje escolhidos, embora não estejam aprovados, por mera questão de procedimento estatutário”, afirmou o coordenador autárquico do PSD e deputado do partido por Viseu, Pedro Alves.
Aos jornalistas, Pedro Alves salientou que as orientações estratégicas já aprovadas pela direção abrem a porta não apenas a candidaturas com outros partidos, mas também ao apoio a movimentos de cidadãos.
No documento de orientação estratégica para as autárquicas aprovado pela Comissão Política Nacional em dezembro passado, define-se que todos os candidatos autárquicos devem estar homologados pela direção até final de março.
O mesmo documento abre a porta ao apoio de candidaturas independentes por parte do PSD e, nas capitais de distrito e municípios com mais de cem mil eleitores, fixa uma “concertação prévia obrigatória” entre estruturas locais e direção nacional.
O PSD já definiu como objetivo tornar-se “a força política mais representativa do país” nas eleições que decorrerão em setembro/outubro de 2025, meta que foi repetido pelo presidente do partido, Luís Montenegro, no Conselho Nacional de terça-feira (dia 21).
