FRANCÊS Catálogo Mobiliário VERSÃO IMPRESSÃO - 5
viseunoivos
FootPark Mangualde
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Considerada uma das 7 maravilhas de Portugal, Dornes, em Ferreira do Zêzere,…

21.11.24

Neste episódio de Aldeias com História viajámos até às montanhas para descobrir…

21.11.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

18.11.24
criaverde concreta
pentagnum mangualde
pijama
Home » Notícias » Colunistas » Bárbaros

Bárbaros

 Bárbaros
29.04.23
partilhar

Bárbaros
1. Começo com uma sugestão: pesquise no sr. Google as versões de Jorge de Sena e de José Paulo Paes do poema “À espera dos bárbaros”, do grego Konstantinos Kaváfis. Vai gostar de o ler. Pode também tentar o ChatGPT, que é suposto ser muito inteligente. Comigo a coisa não correu bem, as palavras de Kaváfis saíram todas aldrabadas.
Este poema perturbante descreve os preparativos para a anunciada chegada dos bárbaros: o imperador espera-os à porta da cidade sentado no trono, o senado já não legisla porque eles hão-de querer ditar as suas leis, os dignitários ataviam-se com as melhores togas e as mais brilhantes jóias para os maravilhar, os oradores calam-se porque a eloquência aborrece-os.
Descreve-se aqui uma atmosfera decadente, uma astenia sem remédio. Qualquer semelhança com o país em que o leitor está a pensar é pura coincidência.
A seguir, o poema mostra o desassossego das pessoas, o dia aproxima-se do fim, as praças e as ruas esvaziam, há preocupação nos rostos de quem regressa a casa, os bárbaros afinal não vêm, nas fronteiras ainda não há sinais deles. Onde estão os bárbaros?
E o poema termina com esta inquietação: “E agora, que vai ser de nós sem os bárbaros? Essa gente era uma espécie de solução.”

Os bárbaros não chegaram àquela cidade grega, mas já chegaram a Portugal. Estão sentados à mesa da democracia, matraqueiam as mãos nas mesas, destratam toda a gente, até os convidados.
Só que, infelizmente, ao contrário dos de Kavafis, os nossos bárbaros não nos trazem nenhuma “espécie de solução”.

2. A região de Viseu tem duas bacias hidrográficas, a do Vouga e a do Mondego, onde podia perfeitamente ser feita uma barragem, mas o dr. Ruas quer pôr-nos na dependência da Águas do Douro e Paiva, quer derreter 72 milhões de euros num cano quilométrico, que nos há-de trazer o precioso líquido desde César, em Oliveira de Azeméis (altitude – 300 metros), até ao Bairro Norad, em Viseu (altitude – 500 metros).
Isto não é uma barbaridade?

 Bárbaros

Jornal do Centro

pub
 Bárbaros

Colunistas

Procurar