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Bárbaros
1. Começo com uma sugestão: pesquise no sr. Google as versões de Jorge de Sena e de José Paulo Paes do poema “À espera dos bárbaros”, do grego Konstantinos Kaváfis. Vai gostar de o ler. Pode também tentar o ChatGPT, que é suposto ser muito inteligente. Comigo a coisa não correu bem, as palavras de Kaváfis saíram todas aldrabadas.
Este poema perturbante descreve os preparativos para a anunciada chegada dos bárbaros: o imperador espera-os à porta da cidade sentado no trono, o senado já não legisla porque eles hão-de querer ditar as suas leis, os dignitários ataviam-se com as melhores togas e as mais brilhantes jóias para os maravilhar, os oradores calam-se porque a eloquência aborrece-os.
Descreve-se aqui uma atmosfera decadente, uma astenia sem remédio. Qualquer semelhança com o país em que o leitor está a pensar é pura coincidência.
A seguir, o poema mostra o desassossego das pessoas, o dia aproxima-se do fim, as praças e as ruas esvaziam, há preocupação nos rostos de quem regressa a casa, os bárbaros afinal não vêm, nas fronteiras ainda não há sinais deles. Onde estão os bárbaros?
E o poema termina com esta inquietação: “E agora, que vai ser de nós sem os bárbaros? Essa gente era uma espécie de solução.”
Os bárbaros não chegaram àquela cidade grega, mas já chegaram a Portugal. Estão sentados à mesa da democracia, matraqueiam as mãos nas mesas, destratam toda a gente, até os convidados.
Só que, infelizmente, ao contrário dos de Kavafis, os nossos bárbaros não nos trazem nenhuma “espécie de solução”.
2. A região de Viseu tem duas bacias hidrográficas, a do Vouga e a do Mondego, onde podia perfeitamente ser feita uma barragem, mas o dr. Ruas quer pôr-nos na dependência da Águas do Douro e Paiva, quer derreter 72 milhões de euros num cano quilométrico, que nos há-de trazer o precioso líquido desde César, em Oliveira de Azeméis (altitude – 300 metros), até ao Bairro Norad, em Viseu (altitude – 500 metros).
Isto não é uma barbaridade?
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