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O Bloco de Esquerda de Viseu acusa o governo de “meter o comboio para Viseu na gaveta”, uma vez que a capital do distrito “continua a ser uma das poucas sem ligação ferroviária”.
A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda, em comunicado, fala de “prejuízos” após o encerramento das Linhas do Dão e do Vouga: “a cidade ficou dependente da rodovia, com prejuízos evidentes para a mobilidade, o ambiente e o desenvolvimento regional”. O partido acrescenta ainda que “apesar de várias promessas, nenhuma ligação ferroviária foi concretizada”.
O BE acusa o governo de “meter o comboio para Viseu na gaveta” e de priorizar projetos com início no Porto e em Lisboa, “deixando cair o TGV Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca”. A comissão distrital refere ainda que “o próprio ministro das Infraestruturas chegou a afirmar que, no centro do país, a prioridade são as mercadorias – não as pessoas”.
“A ferrovia não é apenas uma infraestrutura – é uma ferramenta de igualdade, de justiça social e ambiental”, afirma o partido. O Bloco de Esquerda de Viseu acrescenta que a ferrovia é “garantir que quem vive em Viseu tem os mesmos direitos à mobilidade, ao emprego, à educação e à cultura”.
A Comissão Distrital, em comunicado, fala ainda da importância da ferrovia a nível climático: “continuar a apostar no transporte rodoviário e ignorar a ferrovia é insistir num modelo insustentável. O comboio é uma alternativa limpa, acessível e que serve as pessoas, respeitando o planeta”.
Para além disso, o BE diz que é urgente reintegrar Viseu na rede ferroviária “para reequilibrar o país, combater o isolamento, enfrentar a crise climática e garantir que ninguém é deixado para trás”.
Os objetivos do partido passam pela recuperação do projeto da linha Aveiro – Viseu – Guarda – Vilar Formoso, “que o governo de Luís Montenegro meteu na gaveta, antecipando a data que estava prevista para 2050”; a ligação de “todos os concelhos através de uma rede de transportes públicos articulada à ferrovia”; uma modernização das linhas da Beira-Alta e do Douro mais acelerada; e por fim a criação de um passe único, “válido para todos os transportes públicos, rodoviários e ferroviários – sejam serviços do Estado ou concessionados por este”.
O Bloco de Esquerda de Viseu deixa a questão “por quanto mais tempo se vai continuar a empurrar o interior para segundo plano?”.