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As bibliotecas municipais do distrito de Viseu podem ainda em 2024 ser dotadas de e-books, permitindo a requisição de livros eletrónicos através de uma plataforma digital em desenvolvimento que já existe nos restantes países da União Europeia.
O projeto vai permitir que os utilizadores das bibliotecas da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP) possam requisitar livros por um período limitado de tempo. “Cada vez mais importa disponibilizar o acesso ao livro em diferentes formatos e em condições diferentes por forma a dar resposta aos diversos segmentos de público e aos diferentes hábito e contextos de leitura”, explicou Bruno Eiras, subdiretor-geral da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
A plataforma será disponibilizada para todas as bibliotecas da RNBP, subdividida nas 23 redes intermunicipais de bibliotecas, o que significa que um utilizador apenas poderá requisitar um livro numa das bibliotecas inerentes à rede intermunicipal onde a sua biblioteca esteja inscrita. O projeto tem uma dotação de 900 mil euros totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Atualmente, a Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva não possui nenhum e-book. “Se as bibliotecas tiverem verbas para a aquisição de livros eletrónicos obviamente que facilitaria o empréstimo”, explicou ao Jornal do Centro Anabela Rego, diretora da biblioteca. “As pessoas podem preferir os e-books por variadíssimas razões. Pode alguém preferir porque gosta mais de ler num ecrã, por ter algum tipo de deficiência ou incapacidade visual”, disse ainda.
A responsável pela Biblioteca Municipal de Viseu destacou a importância de ter alternativas aos livros convencionais nas bibliotecas públicas, que permitem não apenas a capacidade de leitura a pessoas com problemas visuais, como possibilitam ainda que pessoas analfabetas, “que infelizmente ainda há muitas na nossa região” possam ouvir os livros.
Inicialmente, será dada a prioridade aos livros de ficção e literatura, com uma coleção atualizada e atrativa para os leitores portugueses. “As experiências internacionais dizem-nos que a literatura é o principal fator de atração de públicos”, contou ainda Bruno Eiras.