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O bispo de Lamego, D. António Couto, revelou que a Diocese foi preventiva e tomou posição desde outubro com a suspensão de dois padres que estão a ser investigados por abusos sexuais.
Relativamente a nomes que fazem parte da lista entregue pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal disse ainda que a Diocese avançará com os devidos processos canónicos e civis “se for caso disso”.
O Jornal do Centro apurou que da lista entregue consta o nome de dois padres que ainda estarão no ativo e com os quais o bispo já terá falado.
Já os dois sacerdotes que foram suspensos, um refere-se ao padre de Vila Nova de Foz Côa que está acusado da alegada prática de crimes de tráfico de pessoas e de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e o segundo a um sacerdote de Cinfães. Os dois casos estão a ser investigados pelo Ministério Público e decorre também o respetivo processo canónico.
No Relatório que foi tornado público há cerca de três semanas é feita referência a mais padres da Diocese de Lamego enquanto pessoas abusadoras. Quatro, já terão falecido.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais “devem ser entendidos como a ‘ponta do iceberg’” deste fenómeno.
A comissão entregou à Conferência Episcopal Portuguesa uma lista de alegados abusadores, alguns no ativo, tendo esta remetido para as dioceses a decisão de afastamento de padres suspeitos de abusos e rejeitado atribuir indemnizações às vítimas.