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Os Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira fizeram 95 anos no último fim de semana de 2023, mas os seus responsáveis também deixaram alguns desejos para 2024.
Na cerimónia solene que decorreu no último sábado (30 de dezembro), o comandante Carlos Pereira defendeu um protocolo de apoio aos bombeiros voluntários que incentive os operacionais a manter-se na atividade que é “cada vez exigente”, além da criação de uma terceira equipa de intervenção permanente e de uma central municipal de proteção e de socorro.
“Estes 95 anos são escritos com muitas histórias, muitos combates, muitos transportes e salvamentos”, acrescentou o responsável pelo corpo ativo dos Bombeiros de Moimenta da Beira, lembrando também figuras do concelho ligadas à corporação durante a sua história como Joaquim Gomes, “que foi o 1º presidente desta associação”, Amadeu Baptista Ferro, António de Jesus Pereira, Manuel de Gomes Matos e o atual presidente Hélder Tavares, que “está connosco há 30 anos”. “Recordá-los hoje é de elementar justiça uma vez que foram semente desta associação e da casa onde nos encontramos hoje”, acrescentou.
O presidente da Associação Humanitária reforçou o percurso “quase centenário de bem-fazer” feito pela corporação de Moimenta da Beira. “Há que invocar e agradecer aos pioneiros, aos 38 homens liderados por João de Almeida Gomes, que no luminoso dia 29 de dezembro de 1928 lançaram os alicerces deste monumento que é hoje a Associação de Bombeiros”, disse.
A cerimónia de sábado também ficou marcada pela bênção de duas novas viaturas dos Bombeiros de Moimenta da Beira, uma ligeira de passageiros e uma ambulância de socorro, esta última oferecida pela Câmara local, empresas e indivíduos.
O presidente da autarquia, Paulo Figueiredo, elogiou o gesto, dizendo que os empresários que participaram na doação “tiveram a humildade e a gentileza de poder novamente contribuir muito para que este ativo que é a nossa Associação de Bombeiros possa ter ainda mais outro ativo material que é mais uma ambulância”.
O autarca também ouviu o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Douro, Miguel Fonseca, a apelar-lhe para que não deixasse cair o projeto do futuro centro de meios aéreos anfíbios de Portugal, na albufeira do Vilar. O projeto foi Moimenta da Beira quer construir primeiro centro de meios aéreos anfíbios do país.
“É fundamental para a capacidade operacional desta sub-região. A barragem de Vilar é uma das plataformas principais de capacidade de abastecimento nestas 8 sub-regiões norte, por isso nós queremos manter este nosso sonho. É bom para Moimenta, mas é bom para sub-região do Douro e bom para o norte e para Portugal”, disse o comandante.
O segundo comandante sub-regional e ex-comandante dos Bombeiros de Moimenta, José Requeijo, fez as contas do seu envolvimento com a corporação num discurso lido pelo subcomandante local José Agostinho Aguiar.
“São 95 anos desta linha de tempo e acontecimento, muitos homens e muitas mulheres contribuíram para chegar a este momento, e ao seu estado atual terei com certeza uma modesta participação nos quase 37 anos de bombeiro, que me parece assim muito de conta simples, será uma cota de cerca de 40 por cento do seu tempo onde se regista uma bela e rica história. Orgulha-me? Muito! Enriquece-me? Bastante! Honra-me? Claro! Mas quis a vida e o destino que desde 1 de janeiro de 2023, e já la vão quase 12 meses, abraçasse um projeto novo, com novos desafios, com novos objetivos”, escreveu José Requeijo.
A formação foi outro dos temas abordados. O comandante Fernando Farreca, representante da Liga dos Bombeiros no distrito de Viseu, defendeu que os soldados da paz “precisam de ter formação nestas terras do interior, porque hoje não temos condições para ir a Lisboa, a Lousã ou a S. João da Madeira”.
A importância da Escola de Infantes e Cadetes para o futuro dos jovens foi realçada por Fernando Veríssimo Salgueiro, presidente da Mesa da Assembleia Geral na corporação de Moimenta da Beira.