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Bombeiros Voluntários de Viseu celebram 139 anos com tributo, reconhecimento e mensagens de alerta

Dia ficou marcado pela entrega de placas comemorativas a sócios e medalhas a bombeiros com vários anos de serviço à causa. Discursos referem méritos, mas pedem ação para dar força à missão abraçada pelos bombeiros voluntários todos os dias

Carlos Eduardo Esteves
 Bombeiros Voluntários de Viseu celebram 139 anos com tributo, reconhecimento e mensagens de alerta - Jornal do Centro
30.03.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Bombeiros Voluntários de Viseu celebram 139 anos com tributo, reconhecimento e mensagens de alerta - Jornal do Centro
30.03.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Bombeiros Voluntários de Viseu celebram 139 anos com tributo, reconhecimento e mensagens de alerta - Jornal do Centro

Celebrar, aplaudir, reconhecer, mas pedir mais para as corporações de bombeiros voluntários portuguesas. Poderia ser resumida assim a cerimónia evocativa dos 139 anos dos Bombeiros Voluntários de Viseu. Este domingo, 30 de março, o quartel da corporação, em Rio de Loba, encheu-se de individualidades para assinalar o papel que diariamente assumem vários homens e mulheres.

 Bombeiros Voluntários de Viseu celebram 139 anos com tributo, reconhecimento e mensagens de alerta - Jornal do Centro

Na sessão solene, o presidente dos Bombeiros Voluntários, João Caiado, referiu que a corporação enfrenta vários desafios, entre eles a necessidade constante da formação dos operacionais e a sustentabilidade financeira que, enalteceu, são preocupações diárias. “No entanto, podemos afirmar, com orgulho, que a gestão financeira da nossa instituição tem sido sólida e responsável, garantindo melhores condições de trabalho aos nossos bombeiros e serviço de excelência à população”, sublinhou o responsável.

O presidente destaca a capacidade de pagar aos fornecedores “a tempo e horas”, a redução “significativa” do passivo da instituição e a conquista de “credibilidade junto da banca”. “Mantendo esta gestão criteriosa, acreditamos que vamos anular este peso financeiro e investir ainda mais nas condições de trabalho e nos meios de socorro”, antecipa.

João Caiado detalhou ainda que a corporação conta, aos dias de hoje, com 93 bombeiros ativos, 23 estagiários aos quais se juntam 28 infantes e cadetes, que, com os 36 elementos do quadro de honra, fazem um total de 179 bombeiros. “Temos ainda 30 inscrições para novas recrutas. Este número demonstra que os Bombeiros Voluntários de Viseu são uma instituição respeitada e que dá gosto servir”, frisou, lembrando o lema que foi adotado desde o início do mandato: Servir Zelando.

Para o futuro, João Caiado lançou já algumas prioridades que a instituição tem. “A evolução é essencial. A aquisição de novos equipamentos de proteção individual, a adaptação às novas exigências operacionais e a captação de novos voluntários”, descreveu. “Continuamos a lutar por respostas a desafios que dependem da sensibilização dos nossos governantes, como os incentivos ao corpo de bombeiros, a criação de uma segunda equipa de intervenção permanente e a melhoria dos acessos a este quartel. Estamos certos que estas necessidades são reconhecidas tanto pelo nosso presidente da Câmara, como pelas entidades governativas”, referiu João Caiado.



Foi também de rigor financeiro que falou o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas. O autarca destacou a gestão financeira feita na corporação pela nova direção dos Bombeiros Voluntários de Viseu. “Quem dirige instituições de caráter coletivo, a primeira obrigação que tem é a de gerir de forma adequada a instituição que lhe foi posta à disposição. Uma instituição que não é sólida, nem equilibrada financeiramente, gera dois males: o primeiro é causar problemas na instituição, no presente e os que cria para o futuro”, defendeu o presidente da Câmara de Viseu.

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O autarca destacou ter entregue, este ano, aos Bombeiros Voluntários de Viseu o valor maior alguma vez atribuído à instituição. O cheque de 60 mil euros representa um aumento de 10 mil euros relativamente ao montante entregue no ano passado. “É com todo o gosto que o fazemos, para mostrar a nossa gratidão ao trabalho dos bombeiros”, frisou o autarca, destacando o trabalho feito com os mais jovens, considerou ser “uma fonte” para dar seguimento ao trabalho humanitário da instituição.

Por outro lado, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu recordou que, no ano passado, aquela corporação socorreu mais de 12 mil pessoas. “Realizámos 8234 ocorrências, transportámos 12066 pessoas em mais de meio milhão de quilómetros percorridos”, referiu João Leal, acrescentando que a corporação realizou 4617 episódios de emergência pré-hospitalar, o que perfaz uma média de 13 serviços por dia.

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João Leal acrescentou que “a história encarrega-se de nos mostrar que as grandes transformações nasceram de pessoas de quem ninguém se lembra, mas de quem, em algum momento, sentimos falta”. “Pessoas que, tal como nós, enfrentam desafios, superam obstáculos e não desistiram perante as dificuldades”, evidenciou. O comandante dos Voluntários de Viseu sublinhou que “aos olhos de hoje, analisando o passado e prevendo o futuro, onde a tolerância dá espaço à repressão, ao medo e à instabilidade”, é necessário “usar a nossa história para nos encontrarmos como pessoas”. “Há 139 anos que levamos à nossa população o melhor que temos para oferecer, deixando-lhes sempre um pouco de nós”, explicou.

Vincando que “em cada teatro de operações temos a oportunidade de fazer a diferença”, João Leal lembrou também Nélson Mandela para referir que “devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito e inspirar esperança onde há desespero”. “Só juntos continuaremos a ser a luz no meio da escuridão e a força que transforma desafios em superações”, resumiu João Leal.

Chamado a intervir, o presidente da Federação dos Bombeiros de Viseu, João Albuquerque defendeu que, mais do que agradecer e reconhecer, é preciso agir, dando aos bombeiros voluntários mais condições de trabalho e dignidade. João Albuquerque lembrou que hoje “os bombeiros são um elemento fundamental da Proteção Civil”. “Sem bombeiros não há proteção civil. Por isso, os nossos bombeiros têm de ser mais reconhecidos e deixar de ser os parentes pobres da Proteção Civil. É urgente e definir e priorizar o que se pretende para o futuro dos corpos ativos. Os nossos bombeiros são profissionais habilitados para a prática do socorro às nossas povoações”, justificou.

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O responsável entende que “é urgente definir a carreira dos nossos profissionais e é necessário reforçar o estauto do bombeiro”. José Albuquerque lembra que “desde 1980 morreram mais de 250 bombeiros na defesa das nossas populações, cumprindo o lema que nos acompanha, vida por vida” e deixou uma – ou mais do que uma – pergunta no ar. “O que é que é preciso acontecer mais para a mudança de atitude para com aqueles que, no dia a dia, fazem desse lema uma forma de vida? Quantos bombeiros precisam de morrer mais para que a Assembleia da República, os senhores deputados e os senhores governantes deste país, discutam e votem as mudanças e regras que estes homens e mulheres merecem? Não basta falar de reconhecimentos, se isso não se traduz em benefícios para eles”, questionou.



A cerimónia que assinalou os 139 anos dos Bombeiros Voluntários de Viseu ficou igualmente marcada pelo reconhecimento a 12 sócios da Associação Humanitária. Doze associados com 50 anos de ligação aos Voluntários de Viseu foram chamados um a um para um aplauso geral. Foram também entregues medalhas de assiduidade a profissionais da corporação. No total, sete bombeiros viram reconhecido o serviço prestado à causa humanitária com medalhas de prata (10 anos) e ouro (15, 20 e 25 anos).

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