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Os bombeiros sapadores do país já têm agendada uma greve nacional e uma manifestação. As formas de luta acontecem a 15 de janeiro e deverão contar com elementos de vários corpos, como o de Viseu.
No início da semana, cerca de uma dezena de elementos dos Bombeiros Sapadores de Viseu marcaram presença na última iniciativa de protesto deste ano, que reuniu mais de uma centena de operacionais.
Os bombeiros percorreram várias ruas de Lisboa, desde o Terreiro do Paço até à Assembleia da República, onde entregaram “prendas” de Natal ao Governo. Durante o percurso, entoaram várias frases, como “Sapadores em luta” e cantaram o hino nacional.
Acompanhados das famílias e de algumas crianças e seguidos de perto por polícias em carros e motos, os bombeiros pararam no quartel dos sapadores na Avenida Dom Carlos I para cumprimentarem os colegas de serviço. No Chiado, ajoelharam-se num minuto de silêncio em homenagem aos operacionais que morreram no cumprimento das suas funções.
A marcha de protesto começou pelas 9h00 e terminou cerca de duas horas depois, com os manifestantes a vestirem-se a rigor com barretes pretos de pai-natal e camisolas negras com a inscrição “sem risco” “#sapadores em luta”.
Os bombeiros sapadores estão em protesto para exigir a valorização da carreira, que dizem não ser revista há mais de 20 anos, e o aumento de subsídios como o de risco.
No início do mês, o executivo suspendeu as negociações com a classe, acusando os bombeiros de estarem a fazer pressão ilegítima, após um protesto que incluiu petardos, tochas e fumos junto à sede do Governo.
Os sapadores são funcionários das autarquias, mas a sua carreira é regulada pelo poder central, o que acrescenta complexidade às negociações. Em Viseu, o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) reuniu recentemente com a autarquia.
O Governo tem insistido que não existem condições para voltar à mesa de negociações, recusando discutir com o sindicato sob coação e perante o que classificou de comportamentos ilegais.
O SNBS já agendou uma greve nacional a 15 de janeiro e uma manifestação para junto da Assembleia da República.