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A Câmara de Tondela aprovou, por maioria, uma proposta de orçamento municipal para 2025 de 37,5 milhões de euros (valor total de 37.507.340 euros), número que representa um aumento de 14 por cento em relação ao orçamento deste ano.
A presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges (PSD), disse esta sexta-feira (6 de dezembro) à agência Lusa que “este crescimento inclui um acréscimo de 4,5 milhões de euros e reflete o compromisso da autarquia em manter o suporte aos cidadãos, sem a necessidade de aumento de impostos”.
“A taxa do IMI manter-se-á em 0,3%, com a continuidade da redução de 30, 70 ou 140 euros no montante do IMI a pagar por famílias com um, dois ou três ou mais dependentes, respetivamente”, enquanto “a participação variável no IRS continuará a ser de 2,5% e a taxa de derrama será mantida em 1,5%”, acrescentou.
Nas Grandes Opções do Plano destacam-se investimentos em áreas prioritárias como educação e escolas, estando previstos três milhões de euros para a reabilitação da escola básica do Campo de Besteiros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, exemplificou.
No que respeita à saúde e bem-estar, Carla Antunes Borges realçou a reabilitação da Unidade de Saúde Familiar Tondela Cândido Figueiredo, que receberá 1,7 milhões de euros.
“Está ainda prevista a elaboração do projeto para a reabilitação do Polo da Lajeosa do Dão, que poderá ser financiado pelo Programa Nacional 2030”, acrescentou.
Segundo a autarca, já no âmbito da Estratégia Local de Habitação, está prevista “a aquisição de terrenos e edifícios, com um total de 796 mil euros”, e para o edifício da antiga Pensão Matos “um investimento de 1,4 milhões de euros suportado por uma candidatura ao PRR”.
Na área das Infraestruturas e Mobilidade, o município pretende executar, por exemplo, a estrada de ligação entre a Avenida Sá Carneiro, o Cemitério Municipal e a Avenida Comunidades (1,7 milhões de euros), e o projeto de Mobilidade Urbana Sustentável no Campo de Besteiros (1,4 milhões de euros).
A conclusão da Zona Industrial do Lagedo (com 1,3 milhões de euros de receitas próprias) e a sustentabilidade energética (com 200 mil euros para a elaboração do plano de ação) são outras prioridades.
O documento contou com o voto contra dos três vereadores do PS, Francisco Coutinho, Fernando Sousa e Ana Coimbra, por considerarem que “as prioridades da atual gestão continuam a não ser aquelas de que o concelho precisa para se desenvolver harmoniosamente”.
“O Orçamento e as GOP subalternizam o Ambiente, a Educação e a Habitação em favor de ações eleitoralistas, razão porque votamos contra”, justificaram os vereadores na declaração de voto.
Os socialistas exemplificaram que o Orçamento Participativo previsto para este ano, “tal como muitas atividades das GOP vai, muito convenientemente, ser implementado no último ano do mandato, alimentando populismos e a ideia que o que é realmente importante é o que se faz e, acima de tudo o que se promete, em ano eleitoral”.
“À semelhança do ano transato, nas GOP reincide um elevado número de obras com o cabimento de um euro”, referiram, considerando que “mesmo que todas as obras candidatadas no âmbito do PRR e do 2030 fossem financiadas”, o que lhes parece “altamente improvável uma vez que haverá pedidos em todos os concelhos, não existem empreiteiros nem tempo que as permita concretizar”.
“Infelizmente, a maioria nem sequer será iniciada”, acrescentaram.