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O novo radar de velocidade na Estrada Nacional (EN) 234, em Nelas, já está a ser alvo de polémica a pouco mais de um mês depois da sua Novos radares na A25 e na Estrada Nacional 234 a partir desta sexta-feira.
Tudo porque um camião terá atravessado a via a 194 quilómetros/hora e acabou por ser multado, mas há vários condutores a apontar falhas aos radares colocados em setembro e as empresas de transportes estão a reclamar das multas que receberam.
A situação foi detetada por Vítor Matias, proprietário de uma empresa de formação e que gere os dados dos tacógrafos de diversas transportadoras de mercadorias após um cliente ter recebido a multa do camião, segundo relata a SIC.
O tacógrafo é obrigatório nos veículos pesados e regista os quilómetros, a velocidade e os tempos de descanso, entre outros. Porém, quando soube da multa do camião que passou pela EN234, Vítor Matias achou estranho.
“Todos os camiões têm tacógrafos e limitadores de velocidades a 90 quilómetros/hora. Por isso, as velocidades acima desse limite só podem atingidas em casos excecionais ou por inércia do veículo, que tem de fazer descidas acentuadas e prolongadas. Estando numa estrada nacional, o camião não tem espaço nem tempo para atingir aquela velocidade (194 quilómetros/hora) e, hipoteticamente, mesmo se tivesse atingido, nem conseguiria fazer curvas”, disse.
Vítor Matias suspeita de erro técnico ou mesmo humano nos radares. Segundo o próprio, os registos comprovam que o camião em causa nunca chegou aos 194 quilómetros/hora. “Foi-nos solicitada peritagem e, àquela hora (no momento da infração), o camião nunca fez aquela velocidade quer pelos diagramas diários quer pelos registos acima dos 90 quilómetros, que ficam gravados nos tacógrafos”, garantiu.
Este não é caso único na região Centro, já que também há registos de camiões que terão atravessado a EN109, na zona de Figueira da Foz, com velocidades acima dos 130 quilómetros/hora.
Além do radar de velocidade instantânea na EN234, também foi instalado um outro radar na A25, que atravessa o distrito de Viseu. O equipamento foi colocado na zona de Águeda e mede a velocidade média, ou seja, o tempo que o carro demorou para percorrer um determinado trajeto.
Confrontado com as queixas, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que gere os radares de velocidade, diz que não há qualquer problema no sistema e aconselha os condutores a reclamar.
“Estamos conscientes que o sistema está bem feito. Mas analisaremos caso a caso e, se as pessoas acharem que há alguma coisa estranha, têm os mecanismos à sua disposição para lidar com a ANSR”, disse Rui Ribeiro, presidente da entidade.
Em setembro, entraram em funcionamento 37 novos radares de controlo de velocidade e, até ao final do ano, o número vai aumentar. Segundo a ANSR, o número de veículos fiscalizados subiu apesar da queda de 80 por cento nos carros que circulavam em excesso de velocidade.