No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Março é o mês de sensibilização contra o Cancro Colorretal (CCR), o segundo cancro mais frequentemente diagnosticado na Europa em ambos os sexos. Cerca de 80% são detetados no cólon e 20% no reto.
Entre 5% e 10% deste tipo de cancro são consequência de condições hereditárias. A triagem e vigilância nas síndromes genéticas hereditárias reduz a incidência e a mortalidade.
Outros fatores como a obesidade, a dislipidémia, o consumo de álcool e tabaco aumentam o risco de CCR. Promover a atividade física e uma alimentação saudável são fatores protetores que diminuem o risco de desenvolver CCR.
Como se desenvolve o cancro colorretal?
O CCR resulta de mutações em genes com funções importantes na regulação do desenvolvimento celular ou na reparação do DNA. São necessárias mutações em mais do que um gene e a sequência de mutações é importante para determinar a formação de CCR. Esses genes alterados podem ser divididos em duas classes: supressores tumorais, que inibem a proliferação celular ou promovem a apoptose (morte celular programada), e oncogenes, que promovem a proliferação celular e a progressão tumoral.
As descobertas mais recentes demonstraram a existência de mutações recorrentes o que permite caracterizar melhor a biologia do tumor e conduzir a estratégias de tratamento mais personalizadas.
A importância da deteção precoce e do tratamento multidisciplinar personalizado
É importante estar atento a sintomas como: mudança/alternância nos hábitos intestinais, desconforto abdominal, perda de peso e mal-estar devido a anemia por deficiência de ferro. Podem apresentar um quadro agudo cursando com obstrução intestinal ou perfuração tumoral.
O diagnóstico de cancro colorretal pode incluir exames de diagnóstico como colonoscopia, ecoendoscopia, TC, Ressonância Magnética, biópsia, entre outros. É importante não adiar as consultas e exames de rotina, ou seja, manter um acompanhamento regular pelo seu médico assistente de forma a detetar precocemente patologias que tardiamente detetadas podem ter um pior prognóstico.
A deteção precoce e o tratamento multidisciplinar personalizado aumentam as hipóteses de cura para doentes com CCR.
Protocolos estruturados, centralizados no doente, preconizados por grupos multidisciplinares, são necessários para melhorar o diagnóstico atempado e minimizar os riscos para o doente.
Os fatores de risco relacionados com o doente devem ser cuidadosamente avaliados antes de qualquer proposta diagnóstica e/ou terapêutica.
A sobrevivência dos doentes com CCR, melhorou drasticamente nos últimos 15 anos. Consequência de estratégias personalizadas no que diz respeito às terapêuticas multimodais em contexto neoadjuvante (antes de intervenção cirúrgica) no cancro do reto, bem como, uma melhor seleção de doentes e das terapêuticas sistémicas após cirurgia no que respeita ao cancro do cólon. Na doença avançada há disponibilidade para recurso à imunoterapia, mas também uma maior consciência das possibilidades de tratamentos cirúrgicos/ablativos de metástases (hepáticas, pulmonares, peritoneais). O recurso à biópsia líquida no decurso do tratamento permite uma avaliação em tempo real do status molecular da doença/heterogeneidade tumoral bem como avaliar a emergência de novos alvos terapêuticos e/ou de mecanismos de resistência.
Mais pesquisas clínicas e translacionais são necessárias para selecionar melhor os doentes e para definir melhor as sequências e estratégias de tratamento.
Nuno Bonito – Médico Oncologista no Hospital CUF Viseu e Hospital CUF Coimbra
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