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A 16.ª edição do Caramulo Motorfestival conta com o “maior número de sempre” de pilotos, além da presença do primeiro automóvel do mundo ou de um modelo usado na saga James Bond, disse esta quinta-feira (26 de agosto) a organização.
“Temos uma rampa muito completa, a maior de sempre em termos de participantes. Estimamos cerca de 400 automóveis por dia em termos de clássicos que se vão juntar ao evento. Temos um alinhamento de pilotos ótimo”, destacou Salvador Patrício Gouveia.
Entre os pilotos que acelerarão no concelho de Tondela, há presenças como a de Adalberto Melim, em automóvel, e Alex Laranjeira, nas motas, que regressa após “alguns anos”, a que se juntam, entre outros, André Villas-Boas, Pedro Villas-Boas, Luís Lisboa ou Francisco Sande.
“Mais de 100 participantes é um número bastante relevante que nos obrigou a aumentar o número de grupos. Antes, eram três grupos de subidas e, desta vez, vamos ter quatro grupos, o que é uma vantagem para os pilotos que ficam menos tempo lá em cima”, explicou João Lacerda, também da organização.
Entre as “variadas marcas” presentes entre 3 e 5 de setembro no Caramulo, a organização destacou a Aston Martin, que levará para o evento “o DB5 [Goldfinger Continuation], do James Bond, que todos se lembram com as metralhadoras, matrículas rotativas e todos aqueles ‘gadgets’” do automóvel, e “outros vários modelos bastante raros a subir a rampa”.
“Este ano, também são os 135 anos da criação do automóvel e vamos ter um Benz de 1886, o primeiro automóvel do mundo, que vai dar umas voltas dentro do circuito. É um carro com três rodas e que terá um piloto vestido à época”, destacou Salvador Patrício Gouveia.
A GNR “também se estreia enquanto participante com automóveis clássicos e motas”, vai haver “muita adrenalina este ano também com a presença de um ‘powerslide’ que vai subir a rampa de lado” e ainda as presenças “clássicas de pilotos que animam” o Caramulo que também tem os habituais passeios e concentrações.
“Temos a ‘biker’s village, que é outra estreia. O evento está a crescer em termos de área e, neste momento, ocupa cerca de 140 mil metros quadrados, e vai agora conquistar a zona do parque do Sameiro que será a área onde está concentrado tudo o que é duas rodas”, explicou.
O espetáculo aéreo “bate o recorde de aeronaves incluídas, com muito tipo de aviões”, assim como em terra, onde estarão “cerca de 1.000 carros” a participar no evento que inclui, este ano, “duas novas categorias” no festival.
“A rampa que em 1979 tinha 3.500 metros, foi baixando para garantir a segurança e, hoje, tem 2.850 metros de extensão. Apesar de não contar para nenhum campeonato e os pilotos só estarem para se divertir, temos duas novas categorias”, adiantou João Lacerda.
A categoria regularidade conta com 72 automóveis, “na qual o carro mais antigo é de 1914 e o mais recente de 2016” e, há ainda duas “subcategorias para os automóveis pré-guerra e a fórmula V”.
Na categoria velocidade, continuou João Lacerda, estão inscritos “29 automóveis, cinco do campeonato nacional de montanha e oito do grupo um Portugal, que corre no campeonato de velocidade nacional”.
“Ao longo dos dias, cada uma destas categorias irá ter três subidas. Entre subidas de prova e de treino, totalizam seis subidas durante o fim de semana”, explicou João Lacerda, que disse que “estarão 36 marcas diferentes de automóveis, o que traduz a variedade do plantel” no evento que conta com 400 pessoas na organização, 70 das quais voluntárias.
De novo nesta edição, está também a componente social que, segundo a organização, “há muito anos que é desejada, mas que este ano é possível de concretizar com as duas iniciativas que são para manter: ‘The Good Drive’, que junta proprietários de automóveis que possibilitam experiências a pessoas que nunca tiveram essa oportunidade”.
A segunda, é a “Race for Good” fundada por André Villas-Boas, que é embaixador de três instituições de solidariedade social, para as quais está “vinculado de forma emocional”, e que juntou para fazer nascer esta associação que quer tornar IPSS.
“Com a presença que tenho vindo a fazer há uns anos no Caramulo Motorfestival, achei que seria uma parceria ótima para sensibilizar ainda mais as pessoas para as causas, arranjar financiamento de diversas formas, como a venda de produtos”, explicou André Villas-Boas, que não escondeu o desejo de “juntar mais associações à “Race for Good”.
Depois de ter sido cancelado, “à última da hora”, o evento em 2020, que era comemorativo da 15.ª edição, este ano, Salvador Patrício Gouveia disse que “é a edição da vingança” e, por isso, considera que será “uma grande edição, a começar pela presença de público e porque será feita com toda a segurança”.
Os três dias de festival decorrem sob medidas de segurança sanitária e que quem não tiver certificado digital de vacinação ou teste negativo, poderá fazer no local, “para que o evento decorra com toda a segurança” e, para isso, cada momento “tem o limite de cinco mil espetadores”.
“Com a presença de até cinco mil espetadores em cada momento, prevemos que seja possível passarem pelo Caramulo Motorfestival cerca de 20.000 pessoas, durante os três dias de iniciativa”, calculou Salvador Patrício Gouveia.