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A Casa do Brasil de Viseu Dão Lafões assinala esta sexta-feira, 11 de abril, o seu quinto aniversário com um evento comemorativo que terá lugar na sede da APPACDM, em Repeses, e não no Estabelecimento Dr. Victor Fontes, como inicialmente previsto.
A associação foi criada com o objetivo de apoiar a integração de imigrantes brasileiros na região. Segundo a presidente da Casa do Brasil, Márcia Cabral, “a Casa do Brasil nasceu já com a intenção, de fazer essa integração e de auxiliar os brasileiros que aqui chegam e precisam de orientação para documentação, para poder arrendar casa”.
Desde 2022, a associação tem vindo a consolidar o seu trabalho. “A Casa tem fluído e crescido a largo espaço. Desde 2022 que a Casa vem-se projetando e fazendo uma conquista de cada vez”, afirma a presidente.
A comemoração coincide com a Semana da Interculturalidade promovida pela Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) e conta com um momento gastronómico dedicado à “Comida de Boteco”, com petiscos típicos brasileiros. Haverá ainda animação musical a cargo do Grupo Sambou e da DJ Anny Dupin.
Durante o evento, será entregue o Prémio AAA – Álvaro Arnaldo Ártico, que pretende distinguir os voluntários que contribuíram para o crescimento da associação. “O nosso objetivo hoje é, não só fazer esse agradecimento, como também premiar a prata da casa, que conta com os que a fundaram, com aquelas pessoas que estavam ali nos primeiros momentos e com aquelas que continuaram presentes ao longo dos cinco anos”, refere Márcia Cabral.
Estão previstas cerca de 100 pessoas no evento. Parte das receitas da venda de bilhetes será revertida para a APPACDM de Viseu, entidade que gere o espaço onde decorre a comemoração. Os bilhetes podem ser adquiridos na sede da associação ou através do contacto 927 114 329.
Sobre a integração da comunidade brasileira na região, Márcia Cabral considera que “a integração dos brasileiros é muito forte. Já é do perfil do povo brasileiro se unir, procurar ajudar os seus, manter a comunidade bem junta, ajudando os outros”. Ainda assim, aponta algumas dificuldades: “a questão de emprego, a dificuldade na documentação para conseguir uma morada. Em último lugar, eu consideraria a língua, porque apesar de falarmos todos português, a realização da língua na fala brasileira e na fala portuguesa mantém uma distância”.
Apesar dos esforços de divulgação, nem todos os imigrantes procuram imediatamente apoio. “Apesar de uma grande divulgação, nas redes sociais e nos eventos, as pessoas não têm esse hábito. Como qualquer imigrante chega aqui um pouco desorientado…”, explica.
A associação conta com um número considerável de associados e voluntários, mas a presidente admite que “ainda está muito longe do que desejamos conquistar a nível de associados e a nível de participação. Mas estamos a crescer bastante”.
A Casa do Brasil é uma associação legalmente constituída e reconhecida pela Agência para a Imigração e Mobilidade (AIMA). Ao longo dos últimos cinco anos, tem procurado ser uma estrutura de proximidade. “A Casa do Brasil tem essa função de explicar de uma forma mais tranquila e mais próxima a verdade, a realidade daqui do local, cada passo que o brasileiro precisa de dar aqui para poder-se integrar plenamente nesta comunidade vizinha”, conclui Márcia Cabral.