Sustentabilidade, tradição, desporto e os grandes feitos da comunidade. Assim foram as linhas mestres do desfile das Cavalhadas de Vildemoinhos que percorreram as ruas de Viseu esta manhã de segunda-feira, dia de S. João. A assistir, milhares de pessoas que ficaram agradadas com a inovação do cortejo deste ano e com o “trabalho minucioso” dos carros. O desfile contou com três categorias avaliadas por um júri: tradicional, artístico e humorístico. A acompanhar os carros alegóricos, a Charanga da GNR, os Cavaleiros de Vildemoinhos, as Tricanas, os grupos de bombos e as majoretes. Não faltaram, claro, os manjericos e a homenagem a Carlos Lopes, o atleta trambelo (como são designadas as pessoas de Vildemoinhos) e medalha olímpica.
Do moinho trambelo, passando pelo tear das Tricanas a uma árvore dos sonhos, a originalidade deixou as pessoas que assistiram ao desfile dos carros alegóricos maravilhadas com a beleza e com a forma como os carros foram executados. Pinhas, troncos de árvores ou maçarocas secas de milho foram alguns dos materiais utilizados para fazer estruturas a simbolizar o planeta terra, o oceano ou até mesmo uma tartaruga enorme e cavalos.
O humor esteve também presente com, por exemplo, o carro dos “Flintstones” que deixou uma mensagem de sustentabilidade: “Aumentos de combustíveis não dá para aguentar. Veículos elétricos nem todos podemos comprar. Ao pobre fica a solução: de pôr os pés no chão e toca a andar”.
Já a APPACDM, mostrou que a inclusão é um lema de todos. No carro, utentes desta associação que trabalha com pessoas com deficiências explicaram quanto valem as palavras como capacitação ou motivação.
O S. João, o Santo António e o S. Pedro também marcaram presença, assim como a “memória” de quando as Tricanas de Vildemoinhos ganharam, em 1937, o Cacho Dourado no congresso da Vinha e do Vinho.
Desde as 9h00 até às 13h00, ninguém arredou pé e nem o calor afastou as pessoas das ruas para ver o cortejo a passar. A festa, de Vildemoinhos termina esta noite na localidade que dá nome a esta secular tradição e que teve origem no roubo de água para os moinhos.
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