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A aposta nas políticas imateriais e de dinamização industrial e económica e de habitação estão na base do crescimento populacional de Viseu e de Sernancelhe, disseram os seus presidentes de câmara.
“São estas políticas que vão de encontro às necessidades das pessoas e que nos fazer ser a melhor cidade para viver, com melhor qualidade de vida, e são essas políticas que nos levam a este patamar e que atraem e fixam pessoas”, sustentou a presidente da Câmara de Viseu.
Conceição Azevedo disse que foram “as políticas imateriais, como a educação, a cultura e o desporto, aplicadas nos últimos anos” no seu município que fizeram com que as pessoas procurassem Viseu “para viverem e para verem os seus filhos crescerem”.
“As pessoas querem ter um bocadinho de tudo. Querem ter uma boa educação para os seus filhos, querem ter eventos culturais, querem sentir-se preenchidas, tal como no desporto. O presidente Almeida Henriques falava nestes três pilares fundamentais para a construção de sociedades saudáveis e felizes e é isso que as pessoas querem”, sustentou.
A população de Viseu aumentou, em relação aos Censos de 2011, 0,4%, ganhando 419 residentes para 99.693, uma subida que, no entender de Conceição Azevedo, também se deve ao “crescimento do emprego qualificado, que é também um bom indicador”.
“Temos cá dessas empresas, algumas das novas tecnologias de informação e ligadas saúde e foram empresas que aumentaram o número de postos de trabalho, o seu quadro, mais do que perspetivavam e isso tem tudo a ver com o que é disponibilizado e pela atratividade que tem o concelho”, argumentou.
Uma “dinâmica industrial e empresarial” que o presidente da Câmara de Sernancelhe, também social-democrata, considera estar “na base do aumento de habitantes” do concelho, que ganhou 42 residentes em dez anos (mais 0,7%), que agora são 5.713.
“Fiquei surpreso. Obviamente que é um dos concelhos do interior profundo de Portugal, mas deixa-me muito satisfeito este resultado. É fruto do trabalho de todos. A dinâmica industrial e económica que tem sido implementada nos últimos anos, o trabalho que tem sido feito nos apoios significativos na habitação para os mais jovens a preços muito reduzidos, são fatores que contribuíram”, defendeu Carlos Santiago.
Sernancelhe “é um concelho de muita emigração”, mas também se “tem sentido o regresso de muita gente”, afirmou o autarca, realçando que, por vezes, este tipo de “variáveis surpreendem”, mas deixam-no, naturalmente, “muito satisfeito”, tanto a si como ao executivo municipal.
“O interior e as regiões como a nossa, quer percam alguns habitantes, quer ganhem”, são “realidades muito complexas”, mas “independentemente de perder pouco ou ganhar muito pouco, como Sernancelhe, que foram 42 pessoas, é muito gratificante, porque sabemos que continuamos a fazer parte do desenvolvimento da nossa terra e do nosso país, que é o mais importante”, considerou.
Viseu e Sernancelhe foram os dois únicos concelhos no distrito de Viseu, segundo o resultado dos Censos de 2021 que foram conhecidos esta quarta-feira (28 de julho), a aumentar o número de habitantes, uma vez que os restantes 22 perderam pessoas.
Portugal tem 10.347.892 residentes, menos 214.286 do que em 2011, segundo os resultados preliminares dos censos 2021, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Trata-se de uma quebra de 2% relativamente a 2011, consequência de um saldo natural negativo (-250.066 pessoas, segundo os dados provisórios).
O saldo migratório, apesar de positivo, não foi suficiente para inverter a quebra populacional, segundo o INE, que sublinha que, em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970.
Os dados preliminares mostram que há em Portugal 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098 mulheres (52%).
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) foram as únicas regiões que registaram um crescimento da população nos últimos 10 anos.