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Emoção é a palavra que melhor descreve a cerimónia do centenário dos Bombeiros Voluntários de Tondela, que se realizou este sábado (16 de setembro) no quartel da corporação. Houve bolo de aniversário, música, brindes, cortejo e muitas lágrimas no momento de homenagear todos os que fizeram e fazem parte da história centenária da corporação.
Na cerimónia, além dos homens e mulheres da corporação, marcaram presença familiares, amigos, vários representantes dos corpos de bombeiros da região e diversas personalidades.
Ao som da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão, a cerimónia começou com a receção ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro que marcou presença no evento, em dia de feriado municipal. Seguiu-se o momento de cantar os parabéns, apagar as velas e brindar aos 100 anos dos bombeiros de Tondela.
Durante a cerimónia foi ainda inaugurada uma sala de formação no quartel, a que se seguiram as condecorações e os discursos. No final ouviu-se o hino dos Bombeiros Voluntários de Tondela.
Discursos enaltecem trabalho dos bombeiros
A sessão de discursos foi aberta pelo presidente da mesa da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela (AHBVT), que destacou as dificuldades que a associação viveu ao longo dos tempos.
Arménio Leite Marques lembrou ainda todo o trabalho desenvolvido pela associação e pelos bombeiros “ao serviço da nação e de Tondela” e pediu ao ministro que “olhe para os bombeiros com amor” e os ajude.
No início da sua intervenção, Arménio Leite Marques pediu ainda um minuto de silêncio por todos os dirigentes já falecidos e pelas vítimas dos mais recentes sismos e terramotos.
Já o comandante da corporação, que pouco antes tinha sido surpreendido pela condecoração com a medalha de ouro dos 100 anos, frisou a história dos bombeiros de Tondela e agradeceu a todos os que a têm dignificado, destacando a nova viatura oferecida pela autarquia.
Nuno Pereira aproveitou ainda a sua intervenção para deixar alguns pedidos ao ministro da Administração Interna. “Gostaríamos de pedir que tivesse em linha de conta os seguros dos bombeiros, porque estão muito aquém do que seria expectável. Pedia ainda que junto dos seus pares governamentais solicitasse sensibilidade e celeridade nas questões de legalização de veículos de bombeiros”, disse, referindo-se a uma viatura de socorro que ainda não conseguiram legalizar.
Já a presidente da Câmara Municipal de Tondela salientou as preocupações e a aposta do executivo com os agentes de proteção civil, onde se incluem os bombeiros.
Carla Antunes Borges deixou ainda um agradecimento a todos aqueles que estiveram e estão ligadas à corporação, para que os bombeiros tenham um “percurso magnifico, nobre e digno”.
A autarca anunciou ainda as novas apostas na área da proteção civil, nomeadamente a intenção de criar duas unidades de estacionamento e aterragem de helicópteros e de uma unidade de formação que sirva os dois corpos de bombeiros do concelho – Tondela e Vale de Besteiros.
Além destes anúncios, no discurso proferido na cerimónia, a presidente do município de Tondela lembrou o apoio financeiro aprovado em reunião de câmara, no valor de 40 mil euros, para ajudar na realização das comemorações do centenário e a oferta de uma ambulância, no valor de 76 mil euros.
O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, lembrou a importância de uma corporação comemorar 100 anos de existência e salientou a necessidade de se reconhecerem os bombeiros.
Guilherme Almeida, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, deixou uma mensagem de apreço ao trabalho dos bombeiros de Tondela e algumas palavras ao ministro.
“Não venho pedir aquilo que já conhece, que são as nossas ambições e necessidades, até porque reconheço a sensibilidade e admiração que tem para com os bombeiros. Mas, friso-lhe e relembro a importância destes homens e mulheres quer para as suas comunidades, quer para o país”, destacou.
O presidente da Autoridade de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro general Duarte Costa, enalteceu o contributo da Associação Humanitária e dos bombeiro de Tondela “para uma maior segurança do país” e mostrou-se do lado da autarquia para a criação da unidade de formação e dos espaços para meios aéreos.
Ao ministro da Administração Interna coube o encerramento da sessão. José Luís Carneiro começou por “transmitir a máxima gratidão da parte do Governo e do ministério da Administração Interna” aos Bombeiros Voluntários de Tondela “por cumprirem uma vocação de serviço público e de defesa de pessoas e do seu património”.
O ministro aproveitou ainda para salientar aqueles que diz serem os três grandes objetivos do Governo: profissionalização, financiamento e investimento nas infraestruturas e equipamentos dos corpos de bombeiros.
“Objetivos claros em que estamos a trabalhar e é por isso que temos que evitar distrair-nos. Objetivos que temos construido num diálogo franco e leal, entre a ANEPC e a Liga dos Bombeiros”, disse.
No discurso, o governante admitiu que os “recursos são sempre escassos” e que as “necessidades são imensas” e que, por isso, é preciso “ter muito acerto nas prioridades do trabalho”, destacou.
José Luís Carneiro disse esperar fechar alguns objetivos, já nos próximos meses, com a Liga dos Bombeiros. “No que respeita ao financiamento temos vindo a reforçar. Este ano de 2023 é o que teve maior financiamento e o maior crescimento de sempre em termos de reforço, com 31,7 milhões de euros para as associações humanitárias. Mas queremos aperfeiçoar os termos em que esse financiamento é desenvolvido e sobre que prioridades deve assentar”, disse.
O ministro destacou ainda a importância das Equipas de Intervenção Permanente, lembrando que no concelho de Tondela estão já criadas cinco, que representam um investimento de 400 mil euros por ano, repartidos pela ANEPC e Câmara Municipal.
Segundo o governante, a aposta nas EIP é uma “opção política”. “Com 200 mil euros por ano, em quatro anos seriam 800 mil, significava que podíamos comprar a cada ano uma nova viatura de combate a incêndios florestais e fazer o bonito com a entrega de uma viatura. O financiamento das EIP não têm esta visibilidade pública, mas sabemos que é um investimento fundamental para o encaminhamento das estruturas humanas dos corpos de bombeiros para o objetivo da profissionalização”, frisou.
Apostar nas EIP, acrescentou, “não significa que vamos desguarnecer a frente do equipamento e das infraestruturas”. “Há um trabalho que está em curso para verificar como, para além dos fundos europeus, podemos trabalhar para financiar as infraestruturas e os equipamentos das associações”, garantiu.
A mesa de honra foi composta pelo presidente da mesa da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela (AHBVT), Arménio Leite Marques, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carla Borges, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Brigadeiro general Duarte Costa, o presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, Guilherme Almeida, o presidente do conselho fiscal da AHBVT, João Paulo Tavares, o presidente da AHBVT, António Mano e o comandante dos bombeiros Nuno Pereira.
Dezenas de condecorações marcam cerimónia
As condecorações foi um dos momentos altos da cerimónia, onde não faltaram palavras emocionadas, lágrimas e abraços.
Com a medalha de ouro evocativa do centenário dos Bombeiros Voluntários de Tondela foram galardoados Miguel Torres, antigo vereador da Câmara Municipal de Tondela; José António de Jesus, ex-presidente da autarquia; a Liga dos Bombeiros Portugueses, pelo presidente do conselho executivo, António Nunes; a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelo presidente Brigadeiro General Duarte Costa; o Município de Tondela, pela presidente Carla Antunes Borges; o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro; o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tondela, António José Mano; e o comandante da corporação, Nuno Pereira.
A título póstumo, com a medalha de ouro evocativa do centenário dos Bombeiros Voluntários de Tondela foram homenageados Amorim Lopes, Padre Manuel Rocha e Mário Figueiredo Marques.
As medalhas de agradecimento da Liga dos Bombeiros Portugueses foram entregues a Gilberto Coimbra e Fátima Coimbra. Foram ainda distinguidos vários bombeiros e elementos dos corpos sociais, com medalhas de progressão na carreira, quadro de honra, dedicação ou assiduidade.
No estandarte dos bombeiros de Tondela foi colocada a medalha “Gratidão COVID 19”, entregue pela Liga dos Bombeiros Portugueses.
Bombeiros e elementos dos órgãos sociais galardoados
O galardão na progressão na carreira bombeiro, categoria de subchefe, foi entregue a Bruno Machado, Décio Martins e Hugo Ramos. As medalhas de Quadro de Honra aos subchefes António Chaves Lemos e Jorge Santos; ao bombeiro de 1ª Eduardo Brás, à bombeira de 2ª Ana Ferreira e aos bombeiros de 3ª António Alves e bombeira 3ª Supranumerária Grácia Oliveira.
Nas distinções de elementos dos órgãos sociais, com a medalha de assiduidade grau cobre por cinco anos de serviço foi entregue a Sérgio Sousa Rodrigues (2º tesoureiro) foi galardoano. A medalha de assiduidade grau prata, correspondente a 10 anos de serviço, foi entregue ao vice-presidente, José Pedro Marques, a António Ribeiro (1º tesoureiro) e a Paula Roberto (2ª secretária).
A medalha de assiduidade grau ouro, correspondente a 15 anos de serviço, foi entregue ao presidente da direção, António Mano e a Ana Marques (1ª secretária) e Paulo Pereira (vogal).
Já nos galardões dos elementos dos corpos de bombeiros por tempo de serviço, a medalha de assiduidade grau cobre, correspondente a cinco anos de serviço foi entregue ao bombeiro de 3ª Luís Cardoso e à bombeira especialista Eunice Pereira.
A medalha de prata, correspondente a 10 anos de serviço, foi entregue a Luís Pinto e Nuno Almeida. Já a medalha de assiduidade grau ouro, correspondente a 15 anos de serviço, foi entregue a Jorge Santos e José Amadeu.
A medalha de assiduidade grau ouro, correspondente a 20 anos de serviço, distinguiu o subchefe Décio Martins, os bombeiros de 1ª Pedro Ferreira, Bruno Veiga, Ricardo Moitas e David Melo, os bombeiros de 2ª Jorge Oliveira e Albertina Santos e o bombeiro de 3ª António Costa.
A medalha de dedicação, correspondente a 25 anos de serviço, foi entregue aos subchefes Pedro Pereira e Hugo Ramos e a Eduardo Brás (Bombeiro de 1ª) e António Alves Marques (Bombeiro de 3ª). Já a medalha de Serviços Distintos – Grau Ouro, foi entregue ao presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Tondela, António Mano, ao comandante, Nuno Pereira, ao 2º Comandante Rui Vale e ao adjunto de comando, Pedro Brás.
O Crachá de Ouro distinguiu Carlos Ferreira (Bombeiro de 2ª), os subchefes António Mendes, Carlos Jesus e Fernando Ferreira e o chefe Rui Coimbra