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A candidatura de Viseu ao programa Bairros Digitais foi chumbada, situação que não deixou o presidente da autarquia incomodado. Fernando Ruas diz que se houver novo concurso, a Câmara volta a concorrer, mas “mas não me entusiasma”.
De acordo com o autarca, a candidatura – no valor de 900 mil euros – não atingiu os valores suficientes para ser aprovada, fazendo a analogia e a crítica aos concursos da Direção Geral dasArtes que “por décimas” também excluíram dos apoios eventos de Viseu como os Jardins Efémeros ou o Festival de Jazz.
“Sei que nos disseram que faltava lá o número de polícia dos estabelecimentos (designação para o número da porta). Parece que não chegámos aos critérios”, frisou Fernando Ruas.
A medida Bairros Comerciais Digitais tem como objetivo promover a digitalização da economia, quer através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, quer pela sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários.
Os projetos visam fomentar a coesão territorial e destinam-se a autarquias, empresas municipais e associações locais.
Os bairros comerciais digitais “são definidos como espaços urbanos contíguos, delimitados geograficamente, com elevada densidade de estabelecimentos de comércio e de prestação de serviços, incluindo HORECA [hotelaria, restauração e cafés], com uma estratégia comum de gestão suportada num ambiente tecnológico avançado”, pode ler-se no portal de perguntas frequentes disponível no ‘site’ do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.
No distrito de Viseu, ainda segundo o portal do IAPMEI, concorreram aos bairros digitais a Associação Empresarial de Cinfães e mais nove autarquias.
A dotação para este programa, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), era de 50 milhões de euros, mas esta semana o governo já propôs a Bruxelas o reforço 25 milhões de euros.