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CIM Viseu Dão Lafões aprova plano de recuperação da floresta

Programa de Revitalização da Economia Florestal, aprovado pelos autarcas da região, vai ser entregue ao Governo

 CIM Viseu Dão Lafões aprova plano de recuperação da floresta
12.12.24
fotografia: CIM Viseu Dão Lafões
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 CIM Viseu Dão Lafões aprova plano de recuperação da floresta
12.12.24
Fotografia: CIM Viseu Dão Lafões
 CIM Viseu Dão Lafões aprova plano de recuperação da floresta

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões aprovou esta quarta-feira (11 de dezembro) o Programa de Revitalização da Economia Florestal da região que foi recentemente fustigada pelos incêndios de setembro.

O plano estratégico, que teve a luz verde dos autarcas reunidos no Conselho Intermunicipal em Castro Daire, contém propostas que visam o desenvolvimento sustentável da floresta e o fortalecimento da economia florestal da região e pretende “responder aos desafios da preservação do território e à valorização da economia florestal” no território, revela a entidade intermunicipal em comunicado.

O documento, que vai ser entregue ao Governo através da Secretaria de Estado das Florestas, tem um horizonte de cinco anos e pretende garantir “uma abordagem a longo prazo, com um foco contínuo na recuperação ambiental, na valorização dos recursos florestais e na proteção das áreas vulneráveis, alinhando-se com as diretrizes do Governo para o ordenamento do território e a gestão dos riscos florestais”, acrescenta a CIM.

O plano está estruturado em cinco áreas temáticas. São elas “Remoção de Obstáculos Jurídicos”, “Valorização Económica, Social e Ambiental”, “Gestão e Ordenamento do Território”, “Simplificação e Desburocratização” e “Capacitação e Comunicação”.

O programa foi feito a partir de “um amplo processo participativo” e reflete contributos recolhidos no workshop “Recuperar as Áreas Ardidas, Inovar nos Territórios”, que decorreu no final de novembro em Castro Daire, recorda a CIM em comunicado.

Entre as medidas propostas, estão a implementação de contratos-programa para a gestão ativa da floresta, o reforço do Programa de Transformação da Paisagem e a realização de investimentos nas explorações florestais “de modo a apoiar a sua revitalização e melhorar a sua eficiência”.

“A gestão integrada de fogos rurais afigura-se como uma prioridade, com a criação de redes de gestão de combustíveis e a promoção de práticas de pastoreio extensivo e fogo controlado, como forma de prevenir e mitigar os riscos de incêndios”, sublinha a CIM.

A mesma entidade lembra que o plano foi elaborado depois de, em setembro, o Conselho de Ministros ter mandado o Ministério da Agricultura e das Pescas coordenar a elaboração do Plano de Intervenção para a Floresta 2025, “em articulação com os ministérios da Coesão Territorial, da Justiça e do Ambiente”.

“Neste contexto, a CIM Viseu Dão Lafões de forma proativa decidiu contribuir com um conjunto de propostas e soluções para o desenvolvimento sustentável da floresta e o fortalecimento da economia florestal da região, alinhando-se com as diretrizes do Governo”, salienta.

O presidente da CIM, Fernando Ruas, lembra que a floresta é “um dos pilares” da economia regional e “um dos maiores desafios” do território.“Este programa que vamos apresentar ao Governo reflete o compromisso da nossa região em recuperar as áreas afetadas pelos incêndios e liderar na gestão sustentável da floresta, um recurso essencial para a nossa economia e território”, refere o também autarca de Viseu.

O secretário executivo Nuno Martinho lembrou que o Programa de Revitalização da Economia Florestal resultou de “um esforço coletivo, que envolveu peritos, autarquias, parceiros institucionais e sociedade civil”. Segundo o responsável, o documento está “numa primeira fase de apresentação de contributos e propostas”.

“O principal objetivo é poder inscrever no Plano de Intervenção para a Floresta o conjunto de linhas de diretrizes que tenham impacto nesta região, quer em matéria de programação de políticas públicas florestais, quer, muito principalmente, na concretização de projetos considerados relevantes para proteger o que não ardeu, estruturar novos domínios que permitam atrair investimento e inovar nos mercados, por forma a criar valor no território”, explicou.

Nuno Martinho acredita que a proposta da CIM Viseu Dão Lafões “contribuirá significativamente para o futuro da floresta na nossa região e no país”.

 CIM Viseu Dão Lafões aprova plano de recuperação da floresta

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