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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
A programação do Cine Clube Viseu para o mês de abril começa no dia 3, quinta-feira, sob o mote “Lembrando David Lynch”. A mente labiríntica do realizador norte-americano é explorada nesta primeira sessão através do filme “Mulholland Drive”.
Esta longa-metragem de 2001 narra a história de Betty, uma atriz em Hollywood que luta por um lugar nos grandes ecrãs. A atriz tenta ajudar Rita, uma mulher que sofre de amnésia, a desvendar o mistério por trás do seu acidente de carro, assim como a sua verdadeira identidade. Um filme “ambíguo, fascinante, sombrio e labiríntico” que é um “desafio para qualquer espectador”, como explica o Cine Clube Viseu. “Mulholland Drive” ganhou o prémio de Melhor Realizador em Cannes (2001), tendo sido nomeado para um Óscar de Melhor Realizador no mesmo ano.
No dia 10 de abril, é a vez de o auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude receber o documentário “No Other Land”, de Basel Adra e Yuval Abraham. Os dois realizadores palestinianos, em conjunto com dois israelitas, realizaram “uma viagem ao coração de um conflito” que tem assolado a população da Cisjordânia. Esta película ganhou o Óscar de Melhor Documentário de 2025.
Ainda na vertente de documentário, o Cine Clube Viseu exibe, no dia 17 de abril, a longa-metragem “48”, de Susana de Sousa Dias. Este documentário de 2009 revela, através de um núcleo de fotografias de presos políticos portugueses, os mecanismos através dos quais a ditadura salazarista se impôs aos cidadãos. A sessão deste dia é realizada em parceria com a Associação MUTIM – Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, e conta com mais um filme de uma realizadora portuguesa.
“O mar enrola na areia” (2019) é uma curta-metragem de Catarina Mourão. O documentário reúne vários filmes caseiros e de arquivo para explorar a história do “Homem do Apito”, uma “personagem misteriosa que vagueava as praias e que vivia da caridade dos banhistas”, conforme explica o Cine Clube Viseu.
A 24 de abril, o auditório do IPDJ recebe “Os Verdes Anos”, filme de 1963 realizado por Paulo Rocha. A longa-metragem conta a história de Júlio, um jovem de 19 anos que migra da província para Lisboa, onde tenta a sorte como aprendiz de sapateiro. A viver num bairro pobre com o seu tio, Júlio conhece Ilda, uma jovem da mesma idade que trabalha como empregada doméstica. O filme narra o romance dos dois jovens, à procura de melhores condições de vida em Lisboa.
Também esta sessão é complementada com a curta-metragem “A Caça”, filme realizado por Manoel de Oliveira em 1964. A versão exibida desta obra possui dois finais: aquele que foi inicialmente proposto por Manoel de Oliveira e aquele que foi imposto censura, que considerou o filme “demasiado pessimista”. Tanto “Os Verdes Anos” como “A Caça” são cópias digitalizadas pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.