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Cirurgia Plástica no verão

 Cirurgia Plástica no verão
20.08.22
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 Cirurgia Plástica no verão

Realizar ou não uma cirurgia plástica no verão é uma dúvida bastante comum. Na realidade, os procedimentos mais de natureza estética incluindo cirurgias de contorno corporal e faciais são realizados todo o ano, dependendo das disponibilidades das pessoas. Algumas optam por realizar no período de férias pelo facto de terem um tempo maior para a recuperação, outras optam por fazer antes do verão e outras após o verão por receio da exposição solar ou utilização de cintas compressivas no período mais quente do ano. Contudo, não há impedimento de realizar este tipo de cirurgia nesta época.
 
Que cuidados devem as pessoas ter nesta época do ano após uma cirurgia?
Devem evitar principalmente a exposição solar, de forma a impedir a pigmentação das cicatrizes.
Sugere-se também que sigam as recomendações específicas para cada cirurgia nomeadamente a utilização de cintas ou soutiens compressivos nas cirurgias de contorno corporal e mamárias, aplicação de gelo principalmente nas cirurgias faciais, sessões de drenagem linfática/fisioterapia, para além da terapia medicamentosa profilática de infeções e eventos tromboembólicos que é geralmente recomendada. Também é importante otimizar o peso, com controle dietético e prática desportiva logo que possível após a intervenção.

Quais as intervenções cirúrgicas mais frequentemente realizadas? Devem ser exclusivamente realizados por Cirurgiões Plásticos?
As mais frequentes são a lipoaspiração e mamoplastia de aumento. Também abdominoplastia, mastopexia (lifting da mama)/ mamoplastia de redução, cirurgias estéticas faciais nomeadamente lifting facial e blefaroplastia superior/inferior (cirurgia das pálpebras). É importante procurar especialistas em Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, o que implica 6 anos adicionais de formação após término do mestrado integrado em Medicina (outros 6 anos) e internato geral (ano comum). A entrada na especialidade é seletiva, mas traduz-se em elevado grau de formação nos hospitais com idoneidade formativa e experiência em lidar com todo o tipo de complicações e situações reconstrutivas complexas.

E procedimentos não cirúrgicos?
Nesta altura do ano existe um interesse crescente por tratamentos menos invasivos como fillers (preenchimento com ácido hialurónico), toxina botulínica, peelings, lasers, radiofrequência e até procedimentos de rejuvenescimento íntimo. Todos eles, não sendo atos cirúrgicos e atualmente designados por Medicina Estética, logo atrativos para outras especialidades e até áreas não médicas, devem ser feitos por médicos com formação qualificada e em centros próprios, porque a não existência de legislação específica pode levar a prejuízo da saúde e resultados imprevisíveis.
Procure aconselhamento médico de forma a encontrar a melhor solução para a sua situação.

Ricardo Horta, Especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética no Hospital CUF Viseu

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