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Vem aí mais um aumento do preço dos combustíveis. Os preços do gasóleo e da gasolina vão disparar na próxima semana, com subidas superiores a 14 e oito cêntimos por litro, respetivamente.
A subida irá acompanhar o aumento das cotações dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais, segundo fontes do setor, numa altura em que persiste a crise energética motivada pela pandemia, pela seca e pela invasão russa da Ucrânia.
De acordo com dados publicados num site da Direção-Geral da Energia e Geologia, os preços da gasolina 98 batem os mais de 2 euros por litro em alguns postos de abastecimento de Viseu, Sátão, Tondela, Tabuaço, Oliveira de Frades, São João da Pesqueira, Mangualde e Resende. O preço nestes dois últimos concelhos atinge mesmo os 2,079 euros, todos em postos da marca BP.
O gasóleo simples já atinge, no máximo, os 1,859 euros por litro, enquanto a gasolina simples 95 chega aos 1,979 euros nas estações de serviço de Castro Daire e Viseu Norte na A24.
Os preços mais baratos nesta altura, de acordo com a DGEG, são de 1,589 euros por litro para o gasóleo no Intermarché de São Pedro do Sul e de 1,779 euros por litro para a gasolina 95 na bomba Pingo Doce de Mangualde. Também em Mangualde, é mais barato abastecer com gasolina 98, com o preço a rondar os 1,852 euros por litro.
De acordo com os preços de referência da Entidade Nacional para o Mercado Energético, o preço médio do gasóleo simples é hoje de 1,754 euros por litro e deverá, a partir de segunda-feira (7 de março), chegar perto dos 1,90 euros por litro nos postos de abastecimento em Portugal, enquanto o preço médio da gasolina 95 – atualmente em 1,795 euros por litro – atingirá os 1,88 euros por litro.
Assim, na próxima semana, o preço médio do gasóleo deverá ultrapassar o da gasolina.
Entretanto, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, anunciou hoje que haverá medidas para mitigar a subida dos combustíveis, mas considerou “impossível” anulá-los.
“Haverá medidas para mitigar o impacto da subida dos combustíveis, agora temos de ter uma coisa presente, que é, uma crise desta magnitude em todas as áreas dos combustíveis, obviamente não dá liberdade total ao Governo para anular o efeito negativo de uma crise”, disse João Galamba aos jornalistas, à margem de uma conferência promovida pelo jornal online ECO sobre “A guerra na Europa e o choque energético”, onde tomou conhecimento da subida prevista nos preços dos combustíveis na próxima semana.
O governante sublinhou que se trata de “minimizações, mitigações e escolha de setores prioritários que devem ser protegidos”, considerando ser “impossível” anular os efeitos da crise energética motivada pela pandemia, pela seca e pela invasão russa da Ucrânia.
“É impossível, a crise existe e vai ter impactos, portanto não é possível eliminar esses impactos, podemos mitigá-los”, sublinhou o secretário de Estado.
João Galamba referiu que estão em análise medidas novas e um eventual reforço das que já tinham sido tomadas, como o AutoVoucher, estando, para isso, a ser levadas a cabo conversas com o Ministério da Economia e o das Finanças.
Questionado sobre um alívio do peso dos impostos sobre os combustíveis, que ronda os 60% do preço final, João Galamba apontou que “o Governo não se apropria dos impostos para si e dos impostos sobre os combustíveis” e que “eles existem para financiar importantes despesas de que beneficiam todos os portugueses”, como, por exemplo, escolas e hospitais.