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“Continuam a haver muitas entidades acima de nós que complicam a vida às pessoas e aos órgãos autárquicos”

Vítor Figueiredo está prestes a deixar a Câmara Municipal de São Pedro do Sul, depois de ter atingido a marca dos três mandatos consecutivos. O autarca, do Partido Socialista, faz um balanço positivo destes 12 anos e recorda o trabalho feito num concelho que ajudou a construir. Na hora da saída, destaca os maiores desafios e as maiores supresas

 “Continuam a haver muitas entidades acima de nós que complicam a vida às pessoas e aos órgãos autárquicos” - Jornal do Centro
12.04.25
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A chegar ao final destes quatro anos, que balanço faz deste mandato?
Quem costuma fazer esse tipo de balanço são as pessoas, são os munícipes. Mas, foi um ano muito intenso, está ainda a ser. Estamos a lançar obras, não digo todos os dias, mas pelo menos de dois em dois ou três em três dias. Fizemos as obras que as pessoas mais precisavam, muitas delas foram feitas, acima de tudo, com apoios comunitários, porque sem isso não conseguimos fazer tanta obra. Ao contrário daquilo que me aconteceu quando entrei em 2013, em que tinha apenas uma obra em execução, neste momento, temos 50 obras lançadas, umas em execução e outras à espera que os empreiteiros possam iniciar.

Fala das várias obras. Olhando para estes quatro mandatos, que obra é que destacaria?

Uma foi a requalificação da escola secundária, estamos a falar de um investimento superior a três milhões de euros, numa escola que não tinha obras há mais de 36 anos, e a verdade é que conseguimos requalificar completamente aquela escola, que estava a precisar de grandes investimentos, e isso conseguiu-se fazer. E posso destacar também a nova biblioteca, estamos a falar num edifício que antigamente era uma cadeia, e que foi transformada numa nova biblioteca, que está a cumprir as suas funções, onde juntámos também funcionários que estavam espalhados por diversos edifícios municipais, e conseguimos concentrar ali todos, todo o nosso pessoal que trabalha com cultura e com educação, todos no mesmo edifício, e com as condições ótimas de uma nova biblioteca.

E nestes 12 anos na autarquia, há alguma que o deixe mais orgulhoso de ter conseguido fazer?

Temos diversas porque, acima de tudo, temos em diversas áreas. Na educação realço a escola secundária, a escola primária e jardim de infância e polo escolar de Vila Maior ou o Jardim de Infância de Santa Cruz da Trapa. Na parte cultural, o Balneário Romano, que era também um empreendimento que estava em ruínas há mais de 60 ou 70 anos, que conseguimos também reconfigurar. A nível ambiental, a construção do Parque da Cidade, São Pedro não tinha nenhum parque da cidade e passou a ter um dos melhores e mais bonitos de toda a região. Na parte desportiva, tínhamos um campo relevado, e que estava em más condições, e que neste momento já estamos a trabalhar para o quinto campo relevado. Destaco também o investimento que está a ser feito na requalificação dos balneários do estádio principal de São Pedro Sul, também um investimento de cerca de 400 mil euros. Investimentos colossais no que diz respeito à rede de saneamento e de água, em que passamos de três Estações de Tratamento de Água (ETAR) para 30, de duas ou três centrais elevatórias e neste momento temos cerca de 40. A construção da central de camionagem ou a construção do mercado municipal. Ou seja, foi um salto abismal em todas as áreas. Eram infraestruturas que o concelho não tinha e, connosco, passou a ter.

Por outro lado, há alguma obra ou projeto que não vai conseguir fazer?

Aquelas que eu tenho mais pena de não conseguir executá-la, são duas. Uma é o centro de saúde, que está neste momento a iniciar as obras, que já não serei eu que iria inaugurá-la. Estamos a falar de um investimento de cerca de 2,3 milhões de euros, já está o procedimento concursal lançado, já temos empreiteiro que pode começar a qualquer momento. Mas o que não vou conseguir mesmo concretizar é o quartel da proteção civil. Estamos a falar de um espaço para o qual temos dinheiro, temos terreno, projeto, mas que por culpa do PDM impede-nos que possamos construir a qualquer momento. Ou seja, todos aqueles problemas que as pessoas particulares têm com as revisões do PDM, nós próprios enquanto autarquia também temos, e para a construção de um edifício tão nobre como o quartel da proteção civil, que irá albergar dois corpos de bombeiros. Infelizmente, a pena que eu tenho é não ter ainda conseguido concretizar esse objetivo, que era um objetivo de há muito tempo.

Fez o balanço destes quatro anos. E relativamente a estes 12 anos, que balanço faz?
Acima de tudo, foram anos muito intensos, com muito trabalho, em que me dediquei de alma e coração a esta causa. Deixei de fazer tudo aquilo que fazia antes para abraçar esta causa, a causa dos interesses principais, a causa do interesse público. Construiu-se muito, tem-se consciência que muito haverá ainda para fazer, mas acima de tudo o que considero é que o nosso dever está cumprido, continuamos a cumpri-lo todos os dias e iremos cumpri-lo até ao final do mandato, com o lançamento de muitas mais obras que estão em carteira. Efetivamente, o concelho progrediu muito nestes últimos anos, e a prova disso é que tendo ido a eleição três vezes, consegui sempre manter e consolidar os resultados eleitorais, que desde o início fui tendo cada vez mais votos a nível percentual.

Ao longo de todos estes anos, que dificuldades é que sentiu no desempenho das suas funções?

Acima de tudo os problemas relacionados com o PDM e com as respostas de organismos públicos. Sendo a câmara municipal a gestora de toda uma região a nível do concelho, a verdade é que continuam a haver muitas entidades que estão acima de nós e que complicam a vida às pessoas e aos órgãos autárquicos, porque evidentemente se tivéssemos uma outra forma de gerirmos o concelho, certamente, e acima de tudo de uma forma responsável, estaríamos muito mais ágeis no que diz respeito à resposta aos cidadãos.

Por outro lado, o que o surpreendeu no desempenho de funções?
Temos sempre coisas que nos surpreendem pela positiva e pela negativa, mas pela negativa foi chegar-se à conclusão que muito havia ainda por fazer, e então no que diz respeito à rede de água e saneamento havia mesmo muito. Mas também já não aparecem grandes surpresas, que eu também tinha estado 16 anos enquanto Presidente de Junta, e passando por uma junta de freguesia fica com os olhos abertos e com outra forma de estar e preparado para gerir a câmara municipal.

A poucos meses de deixar a câmara de São Pedro do Sul, que mensagem importa deixar aos sampedrenses?
Que, acima de tudo, as pessoas sejam mais confiantes e mais tolerantes. Infelizmente, hoje em dia, e principalmente com as redes sociais, toda a gente opina sobre tudo, muitas das vezes sobre coisas que desconhecem, tomam posições sobre coisas para as quais não estão preparadas e não têm conhecimento e, efetivamente, muitas das vezes é prejudicial. Uma sociedade deve ser crítica, mas acima de tudo as pessoas devem criticar quando têm conhecimento dos fatos e a verdade é que muitas vezes isso não acontece.

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