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O corpo da idosa que morreu em Tondela, alegadamente vítima de falta de socorro do INEM, foi exumado para ser alvo de autópsia.
O exame médico-legal foi realizado esta segunda-feira (25 de novembro) por ordem do Ministério Público de modo a esclarecer as causas da morte da mulher e se o atraso no socorro provocou o falecimento, adiantou o Correio da Manhã.
O jornal recorda que Maria Célia, de 93 anos, teve uma paragem cardiorrespiratória na manhã de 2 de novembro e que tanto a filha como a neta fizeram várias chamadas de emergência para o 112. Só cerca de uma hora depois é que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) fez a triagem. “É muito revoltante o atraso e a minha avó acabou por morrer”, disse a neta Maria Machado.
A família acabou por chamar os Bombeiros de Tondela. A vítima ainda foi transportada para o serviço de urgência básica (Hospital de Tondela), onde foi declarado o óbito.
O caso está a ser investigado pelo Ministério Público, tal como outras situações que terão estado relacionadas com falhas no socorro do INEM.
As falhas no socorro por parte do INEM já serão responsáveis por 11 mortes nas últimas semanas.
Os alegados atrasos na resposta do 112 e no encaminhamento para o CODU do INEM foram intensificados no início de novembro por uma greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que pedem a revisão da carreira e melhores condições salariais. A paralisação foi, entretanto, suspensa.