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O distrito de Viseu teve mais 80 participações de criminalidade geral em 2021, mas os crimes violentos diminuíram em comparação com 2020. Os dados são do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), divulgado esta semana pelo Governo.
Segundo o documento, na região, as forças de segurança receberam 7.699 participações de crimes, indicando um aumento de 1,1% (por cento) face a 2020, ano em que foram contabilizadas 7.619 participações.
O número de 2021 é o segundo mais baixo dos últimos nove anos, sendo que o número mais elevado foi verificado em 2012, quando houve 10.411 participações.
Durante o período relativo entre 2012 e 2021, de acordo com os dados do RASI, o distrito de Viseu tem registado oscilações no número de crimes participados, sendo que uns anos registavam aumentos e outros descidas.
Por exemplo, em 2020, ano marcado pelo início da pandemia da Covid-19, houve uma quebra de 7,1% na criminalidade geral em comparação com o ano anterior. Já em 2019, verificou-se uma subida de 2,1% face a 2018.
Já na criminalidade violenta, Viseu teve em 2021 uma quebra de 2,5%, passando das 157 participações para as 153, menos quatro. Mesmo assim, a quebra percentual é inferior relativamente ao ano anterior, quando, em 2020, o RASI revelava uma diminuição de 6%.
O número mais reduzido de participações por crimes violentos foi verificado em 2016, com 122 queixas, seguido de 2018 (127 participações). O número mais elevado foi em 2013 (235 participações).
Violência doméstica foi o crime mais reportado
O crime mais participado no ano passado, segundo o relatório aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna, foi a violência doméstica com 886 crimes, mais 9,8% face a 2020, dos quais 768 são participações relativas a violência contra cônjuges ou análogos.
Segue-se a condução sob o efeito de álcool (624 ocorrências, mais 6,7%). Os crimes que estão integrados na categoria de “outro dano” representaram 586 participações, indicando um crescimento de 5,4%, seguidos da ofensa à integridade física simples, com 530 participações, e da ameaça e coação, com 510.
Ainda como destaque na lista dos crimes, os incêndios por fogo posto motivaram 190 participações, mostrando uma subida de 19,5%. As autoridades também verificaram um aumento de 21,3% nas burlas informáticas e nas comunicações, que passaram a ser 416 no distrito.
Nos crimes violentos mais participados, houve 53 participações por resistência e coação, 22 por extorsão, 20 por ofensa à integridade física grave, 16 por roubo na via pública, 13 por roubo por esticão e 10 por violação.
Os crimes cujas participações às forças policiais mais aumentaram foram a ofensa à integridade física grave registou uma subida de 150% em comparação com 2020, seguido da extorsão que teve um aumento de 100%. A violação teve um acréscimo de 43%.
Já as maiores descidas foram apuradas nos roubos, com menos 55% no esticão e menos 43% nos casos na via pública.
Os concelhos com mais crimes registados em 2021 foram Viseu (2.373 participações), Tondela (561), Mangualde (465), Lamego (452) e Cinfães (376). Com menos participações, estão Penedono (53), Armamar (61), Sernancelhe (73), Tabuaço (80) e Vila Nova de Paiva (92). Por outro lado, desconhece-se o local onde foram contabilizados 174 crimes.
Aumento da criminalidade no país
A nível nacional, o RASI revelou um aumento da criminalidade participada de 0,9% em 2021 face ao ano anterior e uma diminuição de 6,9% da criminalidade violenta e grave.
O roubo a bancos, a criminalidade grupal, a delinquência juvenil, o furto de catalisadores e a violação foram alguns dos crimes que mais aumentaram no último ano.
O documento destaca que a criminalidade, tanto a geral, como a violenta e grave, regista valores abaixo do período pré-pandemia, em 2019. De acordo com o RASI, em 2021 foram denunciados às forças e serviços de segurança 301.394 crimes, mais 0,9% do em que em 2020 quando se registaram 298.797.
Por sua vez, a criminalidade violenta e grave registou no ano passado uma descida em comparação com 2020, tendo-se verificado menos 855. O RASI dá conta de 11.614 crimes violentos e graves em 2021, menos 6,9% do que em 2020, quando ocorreram 12.469.
Segundo o RASI, os crimes contra o património continuam a ser os mais representativos no âmbito da criminalidade participada às forças e serviços de segurança, representando 50,2% do total.
Lisboa (72.183), Porto (47.552), Setúbal (28.679), Faro (20.788) e Braga (18.419) são os distritos com maior número absoluto da criminalidade participada e, no sentido inverso, Portalegre (3.058), Bragança (3.140), Guarda (3.462), Évora (3.595) e Beja (4.321) são que registam menos valores.
O RASI compila dados da GNR, da PSP, da Polícia Judiciária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Polícia Marítima, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Polícia Judiciária Militar.