Numa altura em que se continuam a fazer sentir as réplicas do terramoto que levou à inesperada saída de Jorge Costa a poucos jogos do fim da época e a meio de uma feroz luta pela subida à Liga Bwin, e já depois de uma goleada pesada em pleno Fontelo, olhamos para o que falta jogar aos viseenses e analisamos as possibilidades de o sonho da subida se tornar realidade.
No rescaldo do primeiro jogo da era pós-Jorge Costa, a pesada derrota infligida pela Oliveirense (1-4) em casa, no Fontelo, é tempo de olhar para o calendário e analisar as possibilidades de Académico poder voltar à Primeira Liga, pela primeira vez desde a longínqua época de 1988/1989.
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As ondas de choque provocadas pela Jorge Costa de saída do Académico de Viseu, que pegou na equipa na 17ª posição e, contra todas as expectativas, a levou a um extraordinário 4º lugar, continuam a fazer-se sentir em Viseu. A simbiose que o treinador criou com jogadores e viseenses, que culminou numa inédita presença na final four da Taça da Liga e uma excelente campanha na Taça de Portugal, tornou o choque pela sua saída ainda maior.
O Académico tem cinco jogos pela frente para recuperar os agora cinco pontos de desvantagem para o Farense, que se encontra na terceira posição, que dá acesso ao play off. Os 56 pontos do Estrela da Amadora parecem, com 15 em disputa, já bastante longe dos 49 dos viseenses.
Trofense (F), FC Penafiel (C), FC Porto (F), Feirense (C) e Nacional (F) são os jogos que faltam. Os jogos na Trofa e na Madeira, ambos fora, e com os clubes locais a lutar ferozmente pela manutenção, colocam um duro desafio ao Académico. Por outro lado, Feirense e FC Penafiel, relativamente tranquilos na tabela classificativa, deverão constituir duas boas oportunidades, no Fontelo, para amealhar pontos. O jogo no Olival com o FC Porto B será também um duro teste à ambição dos beirões.
Em resumo, não parece nada fácil a tarefa de uma equipa que demonstrou, na última jornada, sentir de forma acentuada a saída do seu timoneiro, a quem parecia estar profundamente unida. As perspetivas não são animadoras: o fosso para o Estrela da Amadora abriu-se em demasia, faltam poucos jogos e os desafios são difíceis.
No Fontelo ninguém desiste e, numa época que começou torta e sobre a qual não pendiam grandes expetativas, ninguém quer morrer na praia. Haja esperança.
