No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
por
Teresa Machado
por
Isalita Pereira
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
1. Durante os quase novecentos anos que tem Portugal, onde nasceram os nossos chefes de estado, os reis e os presidentes da república?
Pedro Correia, do semanário Novo, fez esta pesquisa e a conclusão mais surpreendente é nunca ter nascido nenhum rei nem nenhum presidente no Porto. Acrescente-se que catorze das dezoito capitais de distrito estão também a zeros.
Já Viseu está bem colocado nesta estatística: foi o berço de D. Afonso Henriques (embora alguns historiadores apontem ainda o nascimento do nosso primeiro rei para Guimarães) e de D. Duarte (neste caso, nenhuma dúvida).
Falta agora a Viseu dar ao país um presidente da república. Quem sabe se já não terá nascido…
2. A petição contra a cobertura fotovoltaica do Mercado 2 de Maio, em Viseu, deu origem a um fortíssimo movimento de cidadãos, que teve muito impacto, e não só nos media nacionais.
No final de Fevereiro, o jornal espanhol ABC dedicou um artigo ao assunto, intitulado “El proyecto para cubrir una plaza remodelada por Álvaro Siza desata la polémica en Portugal”, onde descreveu com algum detalhe a solidariedade que se formou à volta de Siza Vieira. Este, como se sabe, reprova o que está a ser feito. O jornal espanhol cita-o: “es una barbaridad cubrir una plaza de un centro histórico tan denso”.
Como se sabe, o então “alcalde de Viseu”, o malogrado António Almeida Henriques, mandou avançar as máquinas.
Espera-se que esta campanha eleitoral, para além da poluição visual que plantou nas rotundas, possa debater este assunto e que os seis candidatos à câmara digam de sua justiça sobre o que está ali a ser feito.
Por causa desta obra, este artigo do ABC faz um retrato pouco agradável do “municipio onde nació Joao Félix, la estrella del Atlético de Madrid”.
É claro que estarmos a ser observados, como neste caso, é bom. É óptimo também para podermos reparar bem no olhar de quem virou os binóculos para nós.
Apreciemos então ao que veio Francisco Chacón, o articulista do ABC. Depois de ter ganho a atenção dos leitores espanhóis com a referência à cidade-berço de D. Afonso Henriques, perdão, com a referência à cidade-berço de João
Félix, o homem avançou em toda a força:
– que em Portugal desama-se a arte, até se vandaliza uma obra do estimável Pedro Cabrita Reis com dizeres horríveis: «una vergüenza», «com nuestros impuestos», «300.000 euros»;
– que Álvaro Siza Vieira é maltratado em Portugal, como acaba de acontecer em Viseu;
– que Álvaro Siza Vieira é idolatrado em Espanha, foi-lhe atribuído até o Prémio Nacional de Arquitectura em 2020;
– que “a patria del fado” é habitada por jovens hunos que não mostram por Siza Vieira “el respeto que se le ha mostrado en España”;
– que são os velhos, os “coetáneos” de Siza, que ainda mostram por ele uma “férrea solidaridad”;
– que, se não fossem estes velhadas, o nosso Siza “podria plantear seguir el mismo camino que José Saramago quando abandonó Portugal para instalar-se en Lazarote”.
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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Vitor Santos